Governador da Bahia veta PM em inauguração de aeroporto com Bolsonaro

"Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais que cuidem da segurança do presidente", afirmou Rui Costa

© Alan Santos/PR

Política Tensão 23/07/19 POR Folhapress

VITÓRIA DA CONQUISTA, BA (FOLHAPRESS) - O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vetou a participação da Polícia Militar da Bahia na segurança do evento de inauguração do novo aeroporto de Vitória da Conquista (518 km de Salvador), nesta terça-feira (23), com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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A medida foi criticada por Bolsonaro em uma rede social: "Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral", disse.

Em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia, o governador afirmou que, como o evento de inauguração passou a ser um ato exclusivamente federal, cabe à Polícia Federal garantir a segurança.

"Eu não posso colocar a Polícia Militar para espancar o povo baiano que quer conhecer o novo aeroporto. Quem é popular e tem medo de ir às ruas, fica em seu gabinete. Se o evento é exclusivamente federal, as forças federais que cuidem da segurança do presidente", afirmou.

O governador ainda disse que "quem é governante tem que enfrentar aplausos, beijos, selfies, mas também tem que ter o ônus de às vezes sofrer protestos". "Isso faz parte da democracia."

A inauguração do novo aeroporto acontece em meio a uma disputa de bastidor entre governador e o presidente pela paternidade da obra. A obra do novo aeroporto, que terá capacidade para atender até 500 mil passageiros por ano, foi executada pelo Governo da Bahia. Foram investidos R$ 106 milhões, sendo R$ 75 milhões do governo federal e R$ 31 milhões do governo do Estado.

Os recursos federais, oriundos de emendas da bancada baiana no Congresso Nacional, foram repassados ao governo baiano durante as gestões Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). O último repasse do contrato foi realizado em novembro de 2018, ainda sob Temer.

Descontente com o formato da festa de inauguração, restrito a 600 convidados, sendo 500 deles escolhidos pela Presidência da República, o governador da Bahia informou nesta segunda-feira (22) que não participaria do ato.

"A medida anunciada é excluir o povo da inauguração, fazer uma inauguração restrita a poucas pessoas, escolhidas a dedo como se fosse uma convenção político-partidária. Não posso concordar com isso", afirmou Costa, que também criticou as declarações do presidente sobre os governadores nordestinos."Infelizmente, confundiram a boa educação com covardia, e desde então, temos presenciado agressões ao povo do Nordeste e ao povo da Bahia", disse.

Os petistas ainda criticaram o cercamento do novo aeroporto com tapumes e a retirada de placas de outdoor do governo da Bahia que divulgavam o aeroporto como uma obra do governo do Estado.

A retirada das placas foi ordenada pelo prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), que é adversário do governador.  Em nota, ele afirmou que as placas estavam irregulares.  

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