Morre a 19ª vítima do incêndio no hospital Badim, no Rio
Segundo a direção do Badim, dos 124 pacientes e acompanhantes envolvidos na tragédia, 24 continuam internados
© Reuters
Brasil HOSPITAL-RIO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Morreu nesta quarta (9) a 19ª pessoa que estava internada no hospital particular Badim quando um incêndio atingiu a unidade, no Maracanã, na zona norte do Rio, há quase um mês. Ana Vidal Nunes, 65, faleceu no Quinta D'Or, para onde havia sido transferida.
Segundo a direção do Badim, dos 124 pacientes e acompanhantes envolvidos na tragédia, 24 continuam internados, e todos os colaboradores já tiveram alta. Vários outros pacientes também estão internados, mas para tratar as doenças que já tinham.
A unidade informou que aguarda o laudo da necrópsia do IML (Instituto Médico Legal) para saber se houve correlação com o fogo. "O grupo de apoio multiprofissional continua oferecendo atendimento aos familiares dos pacientes e os canais de suporte se mantêm ativos", disse em nota.
Nesta terça (8), morreu no mesmo hospital da rede D'Or São Luiz o 18º paciente da tragédia, Paulo Coutinho, 77. A família diz que o idoso estava para ter alta quando o incêndio aconteceu e criticou o Badim por não ter oferecido qualquer assistência, o que a direção nega.
O INCÊNDIO
O incêndio no Badim começou no fim da tarde de 12 de setembro e fez pacientes serem retirados às pressas ainda nas macas. Com colchões e lençóis, funcionários improvisaram leitos em ruas próximas até que eles fossem levados para outros hospitais da região.
A maioria das vítimas morreu por inalação de fumaça, mas há casos em que as mortes foram decorrentes do desligamento de aparelhos com a queda da energia elétrica naquele momento, segundo o IML. Quase todas eram idosas, com idades entre 59 e 98 anos.
As investigações para apurar as circunstâncias do fogo e as mortes ainda estão em andamento, mas já foi confirmado que o incêndio começou no gerador de energia localizado no subsolo do prédio mais antigo do hospital – que tem dois edifícios, um inaugurado em 2000 e o outro, em 2018.
A Polícia Civil diz que pacientes, funcionários e outras pessoas que estavam no hospital Badim naquele dia ainda estão sendo ouvidos e que aguarda dados técnicos solicitados a diversos órgãos.