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Para Maia, quem não quiser tomar vacina deve sofrer alguma restrição

Maia abordou a obrigatoriedade de vacinação, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em uma videoconferência do jornal Valor

Para Maia, quem não quiser tomar vacina deve sofrer alguma restrição
Notícias ao Minuto Brasil

17:17 - 02/11/20 por Folhapress

Brasil Vacina Covid-19

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (2) que há caminhos que podem ser seguidos por países que não querem tornar obrigatória a vacinação contra a Covid-19, como a imposição de restrições àqueles que não quiserem se imunizar.


Maia abordou a obrigatoriedade de vacinação, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em uma videoconferência do jornal Valor.


Na opinião do deputado, o debate exige cautela. "Eu respeito a posição do presidente, já disse a ele duas vezes que a gente deveria sentar e construir uma solução. Outros países deram solução para esse tema", afirmou.


Ele citou especificamente os casos de Austrália, Estados Unidos e França, que restringiram acesso de crianças não vacinadas a escolas. "Então tem alguns caminhos que você pode não obrigar, mas você pode restringir o acesso a alguns equipamentos públicos. Ou então tem muitas decisões que, para você entrar num país, você tem que tomar algumas vacinas."


Maia reiterou que Executivo e Legislativo deveriam construir um caminho para evitar que o assunto seja resolvido pelo Judiciário.


"E aí fica todo mundo reclamando 'ah, o Judiciário resolveu'.

Óbvio, nós não resolvemos. Mas acho que precisa ser uma construção entre o poder Executivo e o Legislativo e nós tirarmos esses conflitos entre o presidente da República e o governador de São Paulo [João Doria] da pauta", complementou.


O deputado afirmou que, em vez desse embate, a verdadeira pauta deveria ser quais as melhores condições para que, quando uma vacina for aprovada, todos os brasileiros possam ser imunizados. "E, a partir desse momento, aqueles que não queiram tomar a vacina, é óbvio que alguma restrição deve ocorrer", afirmou.


Maia também rebateu as críticas à China e lembrou que o país é um dos principais parceiros comerciais do Brasil.


"Agora imagina se em todos os setores da economia nós fôssemos vetar a China? Vamos começar pelo agronegócio. O que aconteceria com a economia brasileira com um 'estamos proibidos de exportar para a China os produtos brasileiros do agronegócio'?", questionou. "É uma relação estrutural dos dois países."


Segundo ele, a discussão é "muito ideológica". "Parece que você polariza, você agrega eleitores de um lado porque você faz esse conflito histórico com o comunismo, com a China, que não leva a lugar nenhum", complementou.


Maia afirmou que o importante é o país ter "uma, duas, três vacinas aprovadas". "E todas elas vão ter de alguma forma que trazer os insumos da China", ressaltou.


"Então o importante é que a gente possa construir um caminho para que a vacina seja primeiro aprovada e depois possa chegar à casa de todos os brasileiros para que a gente possa voltar minimamente ao normal."

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