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'Brasil vai mergulhar no caos em duas semanas por causa da Covid-19', diz governador da Bahia

"Já estamos vendo o problema se agravar no país todo. No Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará. Nunca tivemos uma situação igual", afirma

'Brasil vai mergulhar no caos em duas semanas por causa da Covid-19', diz governador da Bahia
Notícias ao Minuto Brasil

05:32 - 26/02/21 por Folhapress

Brasil RUI-COSTA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador da Bahia, Rui Costa (PT-BA), prevê que "a saúde vai colapsar e o Brasil mergulhará no caos em duas semanas".

Ele fez a afirmação à reportagem nesta quinta-feira (25), depois de anunciar a suspensão de todas as atividades não-essenciais no estado no fim de semana para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.

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"Já estamos vendo o problema se agravar no país todo. No Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará. Nunca tivemos uma situação igual", afirma.

Ele afirma que já tinha mil leitos de UTI exclusivos para Covid-19. Há dez dias, abriu mais 200.

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"E eles lotaram de uma hora para a outra, da noite para o dia", afirma. A situação é tão dramática que há hoje 195 pacientes na fila da UTI, necessitando de tratamento intensivo sem ter como recebê-lo.

O estado registrou nesta quinta o recorde de cem notificações de óbitos. "No auge da primeira onda, em julho do ano passado, registramos 80 mortes no pior dia", afirma.

O governador acredita que, além de a população estar exausta de cumprir medidas de isolamento, as novas cepas do coronavírus que já circulam no Brasil -em especial a de Manaus -são mais contagiosas e letais.

"Temos hoje, ainda, um menor número de infectados, mas uma explosão de internações e de mortes muito mais grave do que em julho de 2020", afirma. "Antes, a quase totalidade das mortes era de pessoas de mais de 60 anos. Agora, jovens, de 30 a 50, também estão sendo vítimas fatais."

Naquele mês, o estado registrava 30 mil casos ativos de Covid-19 e 800 leitos de UTI ocupados. Nesta semana, são 18 mil casos ativos e 1.200 leitos ocupados, além do número recorde de mortes em um único dia.

"A pressão nunca foi tão grande", afirma ele.

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