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Pessoas a partir de 18 anos com comorbidades podem tentar doses excedentes da vacina em SP

A regra foi divulgada em documento da SMS (Secretaria Municipal da Saúde)

Pessoas a partir de 18 anos com comorbidades podem tentar doses excedentes da vacina em SP
Notícias ao Minuto Brasil

22:52 - 13/05/21 por Folhapress

Brasil Vacinação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Adultos com comorbidades residentes na capital podem se inscrever para a lista de espera para receber doses remanescentes da vacina contra a Covid-19 em unidades de saúde. A inclusão de pessoas a partir de 18 anos nessa modalidade de vacinação vale desde a quarta-feira (12).

A regra foi divulgada em documento da SMS (Secretaria Municipal da Saúde) que define como deve ser realizada a vacinação na capital. Também podem receber as doses remanescentes profissionais de saúde com mais de 18 anos.

Doses excedentes são aquelas que sobram em frascos abertos, mas não são aplicadas no público-alvo da campanha em horário próximo ao fechamento dos postos de saúde.

O objetivo é utilizar essas doses para evitar desperdício de imunizantes, já que os frascos possuem 10 doses que, depois de abertos, vencem entre seis (no caso da AstraZeneca/Oxford) e oito horas (a Coronavac, da Sinovac/Butantan).

Segundo a secretaria, nenhuma unidade de saúde tem autorização para desprezar doses remanescentes. Diariamente são aplicadas entre 1.800 e 2.000 doses excedentes de vacinas contra a Covid-19 nas unidades de saúde.

Para se inscrever nas listas de espera, a pessoa que se encaixa nos requisitos deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa e informar dados pessoais e um telefone para contato. "É importante que o número seja válido, pois é por meio dele que a equipe da unidade de saúde fará o chamado em caso de haver sobras", diz a pasta.

A secretaria afirma que haverá segunda dose mesmo para quem se vacinar na lista de espera, já que no comprovante de vacinação não consta esse tipo de informação.

Tira-dúvidas sobre comorbidades

Quem pode se vacinar?

pessoa com deficiência permanente beneficiária do BPC com 55 a 59 anos;

pessoa com comorbidade de 55 anos a 59 anos

Quando começa a vacinação?

11 de maio: pessoas com deficiência permanente;

12 de maio: pessoas com comorbidades de 55 anos a 59 anos;

14 de maio: pessoas com comorbidades de 50 anos a 54 anos

Como comprovar deficiência?

Será necessário comprovar que é beneficiário do BPC e também sua condição de saúde

comprovação do BPC:

comprovante de pagamento do BPC ou;

extrato do INSS ou;

extrato bancário ou;

CadÚnico (cadastro único para programas sociais) ou;

comprovação também pode ser feita mostrando cadastro nos aplicativos Meu INSS e Meu CadÚnico;

comprovante de condição de saúde:

gratuidade de algum serviço público (Bilhete Único Especial);

comprovante de que passa por centros de reabilitação;

carteirinha do serviço de saúde;

cadastro na UBS com número de prontuário;

laudo médico

Como comprovar comorbidades?

Algum comprovante do estado de saúde. São eles:

exames ou;

receitas ou;

relatório médico ou prescrição médica;

nos casos de obesos com IMC igual ou acima de 40 que não possuir nenhuma das comprovações acima, é possível fazer a avaliação na própria UBS antes da vacinação (uma equipe de enfermagem poderá pesar o paciente e avaliar o seu IMC);

Obs: todos os documentos deverão conter o CRM do médico emitidos no máximo há dois anos (documentos válidos são aqueles só emitidos a partir de maio de 2019 em diante)

Quais comorbidades estão incluídas?

diabetes: pessoas com diabetes mellitus

pneumopatias crônicas graves: pessoas com problemas pulmonares graves, tais como: DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica); fibrose cística; fibroses pulmonares; pneumoconioses (doença causada pela inalação de poeira); asma grave (pessoas que fazem uso recorrente de corticóides sistêmicos, internação prévia por crise asmática); displasia broncopulmonar

hipertensão arterial resistente (HAR): quando a pressão arterial fica acima das metas recomendadas mesmo com o uso de três ou mais remédios (anti-hipertensivos) de diferentes classes; ou pressão arterial que só fica controlada com uso de quatro ou mais anti-hipertensivos;

hipertensão arterial estágios 1 (leve) e 2 (moderada): pessoas com pressão arterial máxima (sistólica) entre 140 mmHg e 179 mmHg (14 a 17), e/ou mínima (diastólica) entre 90 mmHg e 109 mmHg (9 a 10), desde que associada a outra comorbidade ou lesão nos chamados órgãos-alvo tais como cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos e rins;

hipertensão arterial estágio 3 (grave): pessoas com pressão arterial máxima (sistólica) igual ou superior a 180 mmHg e/ou mínima (diastólica) igual ou superior a 110 mmHg (18 por 11 ou superior), independente da presença de lesão nos chamados órgãos-alvo tais como cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos e rins ou comorbidade;

insuficiência cardíaca: insuficiência com fração de ejeção (capacidade de bombeamento do coração) reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B (lesão, mas sem sintomas), C (com lesão e sintomas atuais) ou D (casos mais graves, resistente a tratamentos), independentemente da classificação definida pela New York Heart Association, que estabelece escalas de sintomas dependendo do estágio da doença;
cor-pulmonale e hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico (problema no ventrículo direito que resulta em distúrbio pulmonar), hipertensão pulmonar (alterações que dificultam a passagem do sangue pelas artérias e veias pulmonores) primária (HPP) ou secundária (quando deriva de enfisema pulmonar ou doença cardíaca congênita);

cardiopatia hipertensiva: hipertrofia (alteração na estrutura e função) ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica (máxima e mínima), lesões nos chamados órgãos-alvo: cérebro; coração; vasos sanguíneos; olhos e rins;

síndromes coronarianas: síndromes crônicas como cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, Angina Pectoris (estreitamento das artérias que levam sangue ao coração), entre outras;
valvopatias: doenças relacionadas às válvulas do coração (tricúspide, mitral, pulmonar e aórtica) que compromentam a circulação do sangue;

miocardiopatias e pericardiopatias: doenças que afetam o músculo cardíaco de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;

doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos;

arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares): com relevância clínica e/ou cardiopatia (doença cardíaca) associada;

cardiopatia congênita (pessoas que nasceram com a doença) no adulto: que afetem a circulação do sangue, causem crises hipoxêmicas (pouco oxigenação), insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico;

próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: abrange pessoas que,devido a problemas cardíacos, já tiveram que instalar próteses de válvula biológicas ou mecânicas; ou dispositivos tais como marcapasso, cardiodesfibrilador, ressincronizador, assistência circulatória de média ou longa permanência;

doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico (quando o AVC obstrui uma artéria), ou hemorrágico (quando rompe um vaso e sangra); ataque isquêmico transitório (AIT, provocado pelo bloqueio temporário de sangue no cérebro); demência vascular;

doença renal crônica: estágio 3 (lesão renal moderada) ou mais e/ou síndrome nefrótica (ocorre quando há perda maciça de proteínas pela urina que pode evoluir de forma crônica);
imunossuprimidos:

transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente superior a 10 mg ao dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; neoplasias hematológicas;

anemia falciforme: todas as pessoas com a doença;

obesidade mórbida: IMC (índice de massa corpórea) igual ou superior a 40;

cirrose hepática: Child-Pugh (tipo de score que mede a gravidade da doença) A, B ou C

síndrome de down: trissomia do cromossomo 21

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

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