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Mulheres de Brasília fazem "Marcha das Flores" contra estupro

Manifestantes caminharam do Museu Nacional Honestino Guimarães à Praça dos Três Poderes

Notícias ao Minuto Brasil

14:00 - 29/05/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Manifestação

Centenas de manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (29) nas proximidades do Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília, no protesto "Marcha das Flores - 30 contra todas". O ato é uma manifestação contra os recentes casos de estupros coletivos no país. Organizado por uma rede social, o evento tem 2,1 mil pessoas confirmadas.

A concentração no local começou às 10h. Às 11h, começou uma caminhada até a estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes, onde as manifestantes devem depositar flores pedindo por julgamento justo nos casos de violência contra a mulher.

Conflito

Houve tumulto quando manifestantes, que carregavam flores para levar à estátua da Justiça, na praça dos Três Poderes, foram impedidos por seguranças do STF e policiais de se aproximarem do local, bloqueado por uma cerca.Uma mulher rompeu a passagem e começou a levar as flores do grupo, mas seguranças formaram um cordão de isolamento.

Ao verem que a passagem seria impedida, outros manifestantes tentaram passar pela cerca e foram atingidos por spray de pimenta.A Polícia Militar chegou a dar voz de prisão a um manifestante. Após gritos de "solta, solta", o rapaz foi liberado. Segundo a PM, não houve feridos.

Algumas pessoas, no entanto, relatam que passaram mal durante o tumulto e tiveram que ser socorridas.Ao todo, cerca de 1.500 pessoas participam da manifestação, segundo estimativa da PM. O ato, chamado de Marcha das Flores, foi organizado por 35 coletivos feministas do Distrito Federal após os casos recentes de estupro coletivo de mulheres do Rio de Janeiro e do Piauí.

Aos gritos de "30 contra uma", em referência ao número de homens investigado no estupro de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, a manifestação começou por volta das 10h, quando o grupo saiu em caminhada da região do Museu da República em direção à estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes.

No STF, manifestantes estenderam um varal de calcinhas manchadas de tinta vermelha, em referência aos casos de estupro. Mulheres também pintaram a palma das mãos na cor vermelha e entoaram gritos de "basta".O grupo também segurava faixas com as mensagens "Nada justifica o estupro" e "A culpa nunca será da vítima".

Ao fim do protesto, houve gritos de "Fora, Temer", e "Fora, Gilmar, defensor de estuprador" - em alusão a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF Gilmar Mendes ao médico Roger Abdelmassih, acusado de estupro de pacientes em sua clínica de fertilização in vitro.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) também foram alvos de gritos de protestos. "Existe apenas uma causa para o estupro: o estuprador", afirma Maria Paula de Andrade, do coletivo de Mulheres Negras do DF e uma das organizadoras da manifestação.

"Queremos mostrar que o número de mulheres que repudiam [os casos de estupro e outras agressões à mulher] é infinitamente maior do que qualquer violentador", diz a produtora Eli Moura, que veio à marcha para representar o coletivo Fênyx. "Não somos muitas, somos incontáveis", completa. Com informações da Folhapress.

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