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Cantareira aumenta volume de água graças ao solo úmido

Em meses de seca, Cantareira aumenta volume de água graças ao solo úmido

Cantareira aumenta volume de água 
graças ao solo úmido
Notícias ao Minuto Brasil

17:17 - 30/05/16 por Folhapress

Brasil Seca

O volume de água armazenada no sistema Cantareira aumentou durante os meses de abril e maio, em plena temporada seca no Estado de São Paulo. O sistema Cantareira é o maior da Grande São Paulo e na seca de 2014 e 2015 teve que utilizar duas reservas emergenciais de água para continuar bombeando água para a população.

Segundo dados da Sabesp, nos últimos dois meses, o Cantareira teve um acréscimo de 8 bilhões de litros, o que na escala do Cantareira significa um ganho de 1% de seu valor.

O ganho parece pequeno, mas o fato de ter ocorrido em um período de seca já é um alento para a população de São Paulo que esteve à beira do colapso de seu abastecimento.

A ideia da Sabesp, empresa paulista de saneamento, era de que no período de seca, o reservatório perdesse volume, mas o solo úmido das encostas das represas ajudou a evitar a queda dos reservatórios.

As chuvas do último verão foram responsáveis por nutrir as margens dos reservatórios e seus lençóis freáticos. Essa água se acumulou e agora serve como uma reserva para os meses secos.

Esse escoamento da água ocorre de maneira lenta, levando dias ou mesmo semanas, a depender de quanto desse solo estiver nutrido.Isso ajuda a explicar o motivo pelo qual, mesmo o Cantareira tendo o mês de abril mais seco de sua história, seu volume praticamente não se alterou naquele mês.

O reservatório saiu de 36,1% para 36,3% de sua capacidade, já contando com duas cotas do volume morto. No mês de maio, quando o clima mudou e as chuvas vieram 12% acima da média, o Cantareira teve uma alta ainda maior, saindo dos 36,3% para 36,9%.

O saldo positivo, no entanto, não acontece em todas as represas. Durante os últimos dois meses, os seis principais reservatórios perderam juntos 38 bilhões de litros de água, representando cerca de 3% do volume armazenado.

Os reservatórios que mais perderam em volume foram o Guarapiranga, o Rio Grande e o Rio Claro. Porém, todos estavam com boas reservas desde o último verão e, mesmo após as quedas nos últimos meses, estão agora com 83%, 77% e 97% de sua capacidade.

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