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Mãe de jovem assassinado com 111 tiros morre no Rio

Joselita de Souza havia parado de se alimentar há quatro meses. Ela foi internada após uma parada cardiorrespiratória e tinha quadro de pneumonia e anemia

Mãe de jovem assassinado com 111 tiros morre no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

18:07 - 09/07/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Morte

A mãe de Roberto de Souza Penha, um dos cinco jovens assassinados na chacina em que um Palio foi alvejado por 111 tiros, morreu na última quinta-feira (7) no Rio de Janeiro. Amigos e familiares afirmam que Joselita de Souza morreu de tristeza. Ela só se alimentava de sopa nos últimos quatro meses.

Três dias antes de falecer, ela foi internada no Posto Médico de Vilar dos Teles, em São João do Meriti, por uma parada cardiorrespiratória. No centro de saúde, médicos descobriram que a cabeleireira tinha também pneumonia e anemia. O enterro ocorreu na tarde de sexta-feira (8), no cemitério de Vila Rosali, de acordo com informações do jornal O Globo.

"Ela era tão alegre, positiva, mas não aguentou a perda do Betinho. Mudou radicalmente. Era o nosso caçula", diz Jorge Souza, ex-marido de Joselita e pai de Roberto. Betinho, como era conhecido, foi morto logo após receber o primeiro salário como jovem aprendiz, aos 16 anos.

Ele e os amigos Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos, Wesley Castro Rodrigues, de 25 anos, Cleiton Corrêa de Souza, de 18 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16 anos saíram para comemorar em 28 de novembro de 2015, mas foram mortos numa parada policial.

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu habeaus corpus aos policiais Antonio Carlos Gonçalves Filho, Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos e Fabio Pizza Oliveira da Silva ganharam habeas corpus em 16 de junho. O magistrado alegou que o pedido de prisão não tinha estava bem fundamentado.

"É uma mistura de tristeza e também revolta. A ausência do estado causa um mal enorme, inúmeros na verdade, que são colaterais à falta do remédio correto no momento certo. Estamos lutando muito, já fiz um novo pedido de prisão, estamos aguardando a resposta. Não faltam elementos que confirmam a autoria do crime. Mas a justiça demora, e as famílias sofrem muito", disse o promotor do caso, Fábio Vieira dos Santos.

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