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Seguranças de empresa afastada são barrados no Maracanã e fazem plantão

Nesta sexta, o ministro da Justiça anunciou o rompimento do contrato que havia sido feito com a Artel e a convocação de mais 3000 homens da Força Nacional para o lugar

Seguranças de empresa afastada são barrados no Maracanã e fazem plantão
Notícias ao Minuto Brasil

15:42 - 30/07/16 por Folhapress

Brasil Jogos Olímpicos

Ao menos 40 funcionários contratados pela Artel, empresa que faria a revista de público e de bolsas na entrada das arenas, aguardam em frente a uma das entradas do Maracanã por alguma informação sobre o futuro.

Há quase três horas esperando, eles ocupam pequenos espaços reservados de sombra, graças a duas árvores sobreviventes.

Nesta sexta, o ministro da Justiça anunciou o rompimento do contrato que havia sido feito com a Artel e a convocação de mais 3000 homens da Força Nacional para o lugar.Nesta manhã, os contratados não puderam entrar na Vila Olímpica, onde a empresa Sunset entrou como temporária, e foram redirecionados ao Maracanã, onde também foram barrados. A Força Nacional é quem realiza o trabalho no estádio.

Em vez de serem liberados, porém, os funcionários estão sendo avisados de que "o trabalho continua" e o fim do acordo seria "um boato da mídia".

Alguns deles estão sem receber o dinheiro do transporte e da alimentação.A reportagem chegou ao local e tentou falar com o coordenador, que se apresentou como Luciano. Disse, porém, que não iria ajudar e que não daria entrevista, pedindo a retirada da reportagem.

A alguns passos, uma nova tentativa, de ouvir funcionários, até que o coordenador chegou novamente, anotando um a um os nomes dos que falaram com a imprensa.

"Eu recebi na terça-feira um valor suficiente para apenas três dias. Hoje, vim pagando do meu bolso. Espero receber isso de volta. São R$ 22,80 de condução, ida e volta", afirmou uma pessoa, que não quis ser identificada.

Por meio de um grupo de WhatsApp, receberam alguns áudios de quem eles chamam de "comandante".

"Eu não sei que veículo que falou isso [de que o contrato havia sido rompido] se foi a Rede Globo, SBT, mas o que trago aqui é a notícia oficial. Não há nenhum contrato rompido. O contrato está aqui na minha frente. Estou dizendo isso para tranquilizar vocês. Todo o contrato da Artel vai ser honrado. É isso que tenho a dizer a vocês, espero que vocês acreditem e continuem com o compromisso de irem trabalhar", dizia a voz no WhatsApp.

"Eles não vão entrar aqui. Não tem como. A orientação é que somos nós os responsáveis agora pela segurança. Pena que a empresa trate essas pessoas assim", disse um policial da Força Nacional.

Enquanto esperam, comem maçãs, trazidas aos montes por um dos coordenadores.

"É o que tem", afirmou um dos contratados.

AUTUAÇÃO

A empresa Artel foi autuada pelo Ministério do Trabalho por irregularidades em procedimentos de controle dos funcionários.

A medida foi tomada depois de uma fiscalização feita pelo órgão em alguns locais dos Jogos.

Os auditores apreenderam os contratos para análise e disseram ter visto indícios de irregularidade.

"A empresa foi autuada pela não apresentação de documentos, especificamente, em relação a não apresentação dos controles de jornada de trabalho dos funcionários", afirmou Augusto Lima, chefe da seção de fiscalização do trabalho.

"Os contratos apresentados foram apreendidos para análise, com indícios de irregularidade", complementou Raul Vital Brasil, chefe da seção de segurança e saúde no trabalho.

Logo depois, o Ministério recebeu denúncias de trabalhadores, que alegam terem ficado sem receber transporte e alimentação. O tema está sob investigação. Com informações da Folhapress.

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