Mesmo sob críticas, Imperatriz mantém enredo em defesa dos índios
"Não é uma história inventada, é real", diz Cahê Rodrigues, o carnavalesco da escola de samba carioca, após ter enredo criticado pelo agronegócio
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Brasil Carnaval
Mesmo após críticas de ruralistas, a escola de samba do Rio Imperatriz Leopoldinense decidiu manter o enredo em defesa de índios.
"Nossa intenção nunca foi agredir o agronegócio. Sabemos o quanto ele é importante e não estamos generalizando. Em toda área há os bons e os maus. Nossa crítica é a quem usa agrotóxicos indevidamente, destrói a natureza. É uma polêmica desnecessária", diz Cahê Rodrigues, carnavalesco da escola carioca.
A letra do samba cita ameaças aos índios, como o desmatamento e a disputa por terras. A construção da hidrelétrica de Belo Monte também é citada em trechos do enredo.
Segundo a coluna da Mônica Bergamo, um dos motivos que levantou a discussão, foram os temas das alas: "Chegada dos invasores", "Olhos da cobiça" e "Fazendeiros e seus agrotóxicos".
O carnavalesco, no entanto, defende a escola: "Não é uma história inventada, é real".
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