MP desiste de ação contra Exército pela morte de onça em Olimpíadas
Juma foi sacrificada após avançar em um soldado ao fim da cerimônia de passagem da Tocha Olímpica
© Reuters
Brasil Amazonas
Exatamente um ano depois de ingressar com ação civil pública na Justiça Federal contra o Exército, o Ministério Público Federal (MPF) do Amazonas pediu o arquivamento do processo que julgaria a morte de uma onça pitada durante a passagem da Tocha Olímpica por Manaus.
No processo, procuradores pediam que as Forças Armadas pagassem R$ 1 milhão por danos morais coletivos após o incidente que resultou na morte de Juma, sacrificada após avançar em um soldado ao fim da cerimônia.
O pedido foi enviado Ministério Público Federal na 2ª Instância. Em seguida, o requerimento passará pela Câmara de Revisão e pela Justiça Federal. De acordo com o jornal Extra, na ocasião, Juma tentou se desvencilhar das correntes e foi atingida por dois tiros na cabeça. O procurador da República Rafael Rocha quer impedir ainda que o Exército utilize animais silvestres em exibições públicas.
Rocha afirmou que não havia autorização para o animal participar do evento. Segundo relatório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), a onça ficava no 1º Batalhão de Guerra na Selva (1º BIS), mas o único local com as licenças necessárias para esta guarda é o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Logo após o ocorrido, o (MPF) recebeu 28 representações de pessoas que exigiam uma providência sobre o ocorrido, um número bastante incomum pelo procurador.
LEIA TAMBÉM: Polêmica: alunos usam roupas da Ku Klux Klan em escola de Salvador