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Jovem acorrentado pela mãe para não usar crack sonha em salvar vidas

Adolescente de 17 anos está internado há oito dias em clínica de Bady Bassitt , região de São José do Rio Preto

Jovem acorrentado pela mãe para 
não usar crack sonha em salvar vidas
Notícias ao Minuto Brasil

15:13 - 17/07/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil São Paulo

"Já pensei em ser advogado, médico. Mas quero mesmo ser bombeiro e ajudar a salvar vidas" é o que sonha, agora, o adolescente de 17 anos que ficou acorrentado à própria mãe por três dias, em Itapetininga, São Paulo. A atitude drástica foi tomada pela dona de casa de 35 anos ao saber que o filho estava sendo ameaçado por vizinhos "na porta de casa".

"Eu estava me matando sozinho até que minha mãe resolveu me salvar ao me deixar acorrentado com ela para evitar uma tragédia. O vício me fez furtar e deixar minha família preocupada. Eu preciso de ajuda e quero melhorar. Quero me libertar do crack", contou o jovem, ao G1. Ele está internado em uma clínica de Bady Bassitt , região de São José do Rio Preto (SP), há cerca de oito dias.

Na ocasião, a mãe, que mora no interior do Mato Grosso do Sul com outros três filhos e o marido, voltou para São Paulo na tentativa de salvar o filho, que já tinha vendido até os talheres da casa em que morava com a própria avó para comprar crack. Os furtos chegavam também à casa dos vizinhos, que estavam revoltados. "No início eu fiquei bravo porque não queria ir para a clínica. Mas após essa semana aqui, percebi o quanto foi importante a atitude da minha mãe de me acorrentar e me impedir que me destruísse ainda mais. Ela me salvou e sei disso. Ela me ama. Então, eu quero voltar curado, ficar liberto. Sair dessa vida. Estou gostando daqui, fiz amigos. Está sendo bom", diz.

Na ocasião da internação, a clínica informou que o interno passou por exames e foi medicado no tratamento para superar o vício, que começou aos 11 anos. O tratamento do adolescente será gratuito, doado pelo dono da clínica de recuperação, Pedro Henrique Ribeiro Araújo.

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Ele informou que a dependência do jovem é considerada forte, mas que ele está determinado. Segundo Araújo, antes de sair da clínica o adolescente passará por um trabalho de reinserção social. Esta fase prevê o monitoramento do trabalho e dos estudos do menor.

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