PORTUGAL
Césio 137: 30 anos do maior acidente radioativo do Brasil
No dia em que completa 30 anos, relembre os acontecimentos que levaram a esta tragédia que deixa consequências até hoje
Área isolada
© Reprodução / Facebook / Iconografia da História
Brasil Tragédia
Nesta quarta-feira (13) completa 30 anos, do maior acidente radiotivo da história do Brasil. Em 13 de setembro de 1987 moradores da cidade de Goiânia encontraram parte de um aparelho de radioterapia em um ferro velho local. O aparelho continha uma fonte de cloreto de césio na parte interna.
+30 anos após acidente césio-13, vítimas relembram traumas
Após desmontarem o equipamento os moradores encontraram o césio, atraídos pela sua luminosidade, adultos e crianças o manipularam e distribuíram entre parentes e amigos. Assim a substância altamente radioativa contaminou não só vários cidadãos como também, ao ser manipulado ao céu aberto, afetou diretamente o solo.
Já nas primeiras 24 horas, as pessoas que foram expostas diretamente à radiação começaram a sentir os primeiros sintomas. Ao procurar os hospitais e postos de saúde, foram tratados como se sofressem de uma virose. A detecção tardia do caso fez com que o número de atingidos aumentasse muito. Só no dia 29 de setembro de 1987, graças a uma moradora que levou o césio para a vigilância sanitária de Goiânia é que foi dado o alerta de contaminação por material radioativo. Uma verdadeira zona de guerra formou-se na região, criando áreas de isolamento para as pessoas que entraram em contato com a substância.
Oficialmente, cerca de 112 mil pessoas foram examinadas sendo que mil foram expostas ao césio, entre estas 129 pessoas apresentaram contaminação corporal desenvolvendo sintomas. Porém, 21 precisaram passar por tratamento intensivo devido aos níveis de radiação que apresentavam em seus corpos destas, quatro não resistiram e acabaram morrendo.
Veja as fotos deste acidente que marcou a história do Brasil.
