Aluno que desmaiou em ato do Exército em Palmas: 'Não podia beber água'
Segundo a Secretaria de Educação, 13 crianças passaram mal e cinco foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento
© Reprodução/TV Globo
Brasil Tocantins
Um dos estudantes que desmaiou durante uma cerimônia cívica realizada nessa sexta-feira (20) na Escola de Tempo Integral Caroline Campelo, em Palmas, no Tocantins, revelou que os alunos sequer podiam sair para beber água.
A Secretaria de Educação informou que 13 crianças passaram mal e cinco foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento. Eles ficaram cerca de uma hora e meia em pé parados sob o sol.
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Vitório Augusto, aluno do 8º ano, foi um dos que desmaiaram. Um dia depois do incidente, o jovem contou ao "G1" o que aconteceu: "Nós começamos a fazer um momento cívico, quando terminou o hino nacional, a menina da outra turma desmaiou. Aí o sargento passou falando que era para mexer os dedos das mãos e os dedos dos pés para o sangue circular direito. Aí comecei a me sentir mal, o corpo esfriou, escureceu as vistas e não vi mais nada".
Segundo a Prefeitura de Palmas, os alunos receberam lanches antes da atividade. De acordo com os alunos, a ordem era permanecer na quadra de esportes até o fim do evento. "Perguntamos se podia tomar água, eles disseram que não ", disse Vitório.
Todos os estudantes que passaram mal foram levados para um hospital próximo e receberam alta no mesmo dia. O ato não foi interrompido por conta dos desmaios.
A mãe de Vitório, a professora Gecivania Rodrigues, contou que só soube que o filho passou mal quando ele chegou em casa e contou. "'Mãe, eu desmaiei hoje na escola'. Falei: 'Como assim e ninguém me ligou?'. Eu fiquei indignada porque a escola não falou nada para mim".
Em setembro, a Prefeitura de Palmas assinou um Termo de Cooperação Técnica entre a escola e Associação de Amigos do Batalhão Tocantins (AABTO) e por isso a atividade está prevista para acontecer três vezes na semana.