Pastores da Universal processam Igreja por danos morais
Em ação coletiva, pastores e ministros de culto exigem reconhecimento de vínculo laboral e pedem indenização de R$ 100 milhões à instituição religiosa, acusada de exigir vasectomia dos seus colaboradores
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Brasil Justiça
Um grupo de trabalhadores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) entrou na Justiça do Rio de Janeiro com um pedido de indenização de R$ 100 milhões por danos morais contra a instituição religiosa.
Segundo informações divulgadas pela emissora portuguesa TVI, que lançou uma série de reportagens nas quais acusa o envolvimento da instituição em uma rede internacional de tráfico de crianças, os trabalhadores reivindicam questões como o vínculo laboral e a exigência de que sejam submetidos a cirurgias de vasectomia.
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De acordo com a reportagem, o processo estava parado, mas o Tribunal do Trabalho ordenou o julgamento da ação coletiva, designado para a 43ª Vara de Trabalho do Rio de Janeiro. Na ação, a Igreja Universal é acusada de contratar trabalhadores como se fossem pastores ou ministros de culto sem reconhecer o vínculo.
O Ministério Público acrescentou que a Igreja impunha a realização de vasectomia aos seus colaboradores através de médicos de confiança da própria instituição. Caso o processo seja julgado a favor dos funcionários, a Igreja Universal deve ser punida com multa e os seus envolvidos podem cumprir até dois anos de prisão. O Ministério Público ainda pede o reconhecimento do vínculo laboral dos empregados (pastores e ministros de culto), e que a IURD se abstenha de impor a cirurgia de vasectomia como exigência aos seus trabalhadores.