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PM dispersa festa pré-Carnaval com bombas de gás e balas de borracha

O evento gratuito começou por volta das 16h no bar Quenga Paulista, na rua Treze de Maio, na Bela Vista (centro)

PM dispersa festa pré-Carnaval com bombas de gás e balas de borracha
Notícias ao Minuto Brasil

21:32 - 14/01/18 por Folhapress

Brasil São Paulo

A Polícia Militar dispersou com bombas de gás e tiros de bala de borracha os foliões da festa pré-Carnaval organizada pelo bloco MinhoQueens na tarde deste sábado (13).

O evento gratuito começou por volta das 16h no bar Quenga Paulista, na rua Treze de Maio, na Bela Vista (centro). Em pouco tempo, o público tomou a via, bloqueando o trânsito.

"Tivemos um público além do esperado. Já fizemos festas ali com 300, 400 pessoas e sempre funcionou", conta Fernando Magrin, drag queen e um dos fundadores do bloco.

Mais de 4.000 pessoas estavam com presença confirmada na página do evento no Facebook.

Segundo Magrin, a PM chegou por volta das 18h30 e deu meia hora para que os foliões liberassem a via. "Assim que a polícia mandou, fechamos as portas do bar e pedimos para que as pessoas saíssem da rua, mas elas foram para a praça do Bixiga", afirma.

A multidão continuou atrapalhando o trânsito da região e, então, a PM lançou bombas de gás e disparou balas de borracha para dispersar os foliões.

O analista administrativo João Marcelo Zalkauskas, 31, foi atingido por uma bala de borracha nas costas. Ele conta que já estava indo embora quando sentiu um impacto nas costas.

"Pareceu uma paulada, senti uma dor horrível. Poderia ter pegado no meu rosto, nos meus olhos", afirma. "Faltou organização do bloco, mas o maior problema foi o despreparo da polícia", completa.

O produtor de eventos José Robertto, 22, disse ter visto pessoas deixando o local com ferimentos de bala de borracha. "No bloco, havia famílias com crianças e, na rua, muita gente passando que não tinha nada a ver com que estava acontecendo", afirma.

Além da confusão, muitas pessoas relataram furtos na página do evento no Facebook. "Vi um grupo que passava puxando carteiras e celulares. Tentaram roubar o meu, mas não conseguiram", diz Robertto.

Sobre os problemas de organização do evento, Magrin afirma que, quando viu o número de pessoas confirmadas no evento, o bloco tentou encontrar outro espaço para a festa, mas não conseguiu.

"Tentamos fazer uma festa de carnaval grátis. Como não somos financiados, não temos como alugar um espaço, e São Paulo tem uma grande carência de utilização de espaço público pela população em geral.

Ontem, em vez de usar a força policial, seria muito mais fácil simplesmente interditar a rua e evitaríamos o que aconteceu", diz.

Em nota, a Polícia Militar informou que recebeu chamados na altura do número 886, da rua Treze de Maio, por perturbação do sossego, comércio irregular de bebida alcoólica e roubo a transeunte.

Um carro da polícia foi enviado ao local e os policiais solicitaram aos participantes que liberassem a via.

Segundo a PM, diante da insistência do grupo em desobedecer à ordem policial, foi solicitado reforço do batalhão local e da Força Tática para controlar o tumulto.

"A PM não recebeu até o momento relatos de abusos, pessoas feridas e ações ilegais, mas está à disposição, por meio de sua Corregedoria, para apurar denúncias de supostos desvios de conduta durante a operação policial", diz a nota. Com informações da Folhapress.

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