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Monumento que representa 1ª missa celebrada no Brasil será demolido

Iphan diz que as esculturas foram construídas em Área de Preservação Permanente

Monumento que representa 1ª missa celebrada no Brasil será demolido
Notícias ao Minuto Brasil

17:58 - 22/02/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Bahia

A Justiça determinou a demolição do monumento ue representa primeira missa celebrada no Brasil, localizado em Santa Cruz Cabrália. De acordo com o Iphan, as esculturas foram construídas em Área de Preservação Permanente. A Prefeitura irá recorrer da decisão.

O G1 destaca que o monumento é formado por três conjuntos de esculturas, feitas com cimento e cerâmica, esculpidas pela artista plástica Bernadete Varela, a pedido da prefeitura de Santa Cruz Cabrália.

Jorge Cruz, que trabalha como guia turístico na região, explica as esculturas: "Aqui, temos a imagem do padre Anastácio, que é jesuíta, temos o duque Alorino Miguel. Temos o soldado fazendo sua proteção e, ao redor, os índios. Do lado, temos outro jesuíta, que está também fazendo a suas orações, nesse processo que era a primeira missa".

O município instalou o monumento no local com o objetivo de fazer uma divisa entre a área indígena de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, e o município de Porto Seguro. "Existia uma polêmica da divisa entre os municípios. A prefeitura colocou um marco divisório, identificando o início da área indígena e, baseado naquele marco, o prefeito da época resolveu enfatizar isso e criar um monumento", disse o atual secretário de Infraestrutura de Santa Cruz Cabrália, Geraldo Gordilho.

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A decisão judicial surpreendeu a comunidade indígena da região, que não foi ouvida sobre o caso. "Aquilo é um patrimônio, uma história do povo pataxó daqui de Coroa Vermelha", disse o cacique Pequi Pataxó.

Em entrevista ao G1, o procurador do município, Emmanuel Ferraz, afirmou que a retirada pode causar impacto na economia local e diz que vai tentar reverter a decisão. "Trata-se de uma área indígena. Há várias questões jurídicas envolvidas ali e a gente tem muita crença de que, no recurso, a gente possa reverter a decisão. Vamos levar até as últimas instâncias para defender esse patrimônio", destaca.

O Denit disse que irá procurar detalhes sobre o processo para se posicionar. O Iphan reforçou que o monumento foi instalado sem a autorização do instituto e que, como a área onde as esculturas estão é de responsabilidade também no Denit e da Fundação Nacional do Índio (Funai), está tomando as providências administrativas.

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