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Prefeitura do Rio fecha 45 boxes de camelódromo que seriam de milícia

Há suspeitas de que integrantes de milícias estejam agindo na área

Prefeitura do Rio fecha 45 boxes de camelódromo que seriam de milícia
Notícias ao Minuto Brasil

19:58 - 19/04/18 por Agência Brasil

Brasil Rua Uruguaiana

Uma ação da prefeitura do Rio resultou na interdição, nesta quinta-feira (19), de 45 boxes no camelódromo da Rua Uruguaiana, o principal polo de comércio popular do centro da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, alugando boxes e cobrando taxas dos comerciantes, o que é negado pela associação que administra o local.

Em nota divulgada à imprensa, a secretaria argumentou que os boxes interditados foram construídos ilegalmente no mercado popular. “Os boxes foram construídos na calada da noite pela associação que representa os comerciantes locais e vendidos por aproximadamente R$ 70 mil cada. A fraude em terreno público já soma mais de R$ 3 milhões”, diz trecho da nota.

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Segundo a secretaria, a área pertence ao governo do estado. Além disso, afirma ainda que a associação de comerciantes nunca cumpriu a promessa feita à Secretaria de Ordem Pública, em 2015, de aprovar as instalações no Corpo de Bombeiros, o que representa riscos à segurança dos frequentadores.

Em outro trecho da nota, a secretaria diz que o serviço reservado da Guarda Municipal realizou um levantamento de atividades ilícitas realizadas no local: “Voltaram a ser comercializadas mercadorias contrabandeadas e falsificadas, além de celulares furtados. Há informes que milicianos voltaram a atuar em conjunto com a associação, alugando boxes e cobrando taxas de segurança”.

A secretaria informou que já noticiou os crimes à delegacia de polícia da área e disse que irá levar o caso ao Ministério Público, para cobrar a atuação das autoridades policiais e proceder a remoção dos boxes.

Um dos comerciantes que teve seu box fechado foi Rafael Santos, que há dez anos trabalha no local e agora não sabia o que fazer para garantir sua renda. “É o nosso sustento. Fechado, o que a gente faz? Não tem opção para nada. A minha família depende disso para viver. É complicado. Mais fácil virar ladrão, roubar os outros?”, desabafou Rafael, que não é o proprietário do local e alega ter recebido o box por empréstimo de um amigo.

Associação nega

O presidente da associação dos comerciantes do camelódromo, João Lopes do Nascimento, negou que haja qualquer ligação da entidade com milicianos. “Milícia não existe aqui. Eu não acredito não. É boato. Esse negócio de miliciano, só se for lá na rua, na calçada”, alega Lopes.

Segundo ele, são 1.600 boxes no total, sendo que 900 têm alvará de funcionamento e 700 ainda aguardam o documento. Porém, Lopes disse que todos os comerciantes são legalizados como microempreendedor individual (MEI) e recolhem os impostos devidos. Com informações da Agência Brasil. 

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