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Caminhoneiros dizem que quem furar bloqueios receberão pedradas

Em geral, grupos de caminhoneiros estacionam dentro dos postos de gasolina

Caminhoneiros dizem que quem furar bloqueios receberão pedradas
Notícias ao Minuto Brasil

18:47 - 25/05/18 por Folhapress

Brasil Minas Gerais

Segundo caminhoneiros ouvidos pela reportagem, aqueles que não param ao atravessar pontos de bloqueios nas rodovias são retaliados com pedradas. Na BR-381, por exemplo, na altura do km 797 no sentido Belo Horizonte, em São Gonçalo do Sapucaí (MG), há galões dispostos na rodovia, obrigando os veículos a diminuírem a velocidade.

Uma placa de "intervenção militar" e uma longa fila de caminhões no acostamento acompanham o bloqueio. Os caminhões que atravessam a barreira têm algum motivo: ou transportam material de hospital ou estão mudando de local para estacionar. A nota fiscal da carga é verificada pelos demais caminhoneiros.

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Segundo o caminhoneiro Fernando Francisco, 47, os demais motoristas são convencidos a ficar parados ali. "Vai ficar com a gente, passar frio e valorizar o movimento", diz. Ele afirma que os galões são apenas uma segurança para que os carros diminuam a velocidade e não haja acidentes, já que o grupo de caminhoneiros ocupa as beiradas das pistas. 

Em todo o trecho da BR-381 de BH a São Gonçalo, essa foi a primeira barreira física vista pela reportagem. Em geral, grupos de caminhoneiros estacionam dentro dos postos de gasolina e se concentram na saída do local, deixando a pista livre. Porém, se passa algum caminhão, vão até a rodovia para abordar e convencer o motorista.

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Apesar dos relatos de pedradas, muitos caminhoneiros afirmam que não há nenhum tipo de pressão e que o movimento é espontâneo e voluntário.Para Roberto de Oliveira, 46, caminhoneiro há oito anos, nega que haja pressão, mas diz haver medo. "De certa forma, eles obrigam o cara a parar.""Se eu rodar e o pessoal quebrar um para-brisa, uma lanterna, eu tenho que pagar. Então, pra não tomar prejuízo, tenho que aderir e participar em conjunto. O Brasil todo está parado", completa. Com informações da  Folhapress. 

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