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Mesmo após decisão judicial, recém-nascida aguarda vaga em UTI

Bebê de 13 dias foi diagnosticado com espinha bífida e sofre com crises convulsivas

Mesmo após decisão judicial, recém-nascida aguarda vaga em UTI
Notícias ao Minuto Brasil

13:45 - 08/06/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Juína (MT)

A bebê Maria Helena Rodrigues Coutinho, com 13 dias de vida, aguarda há quatro dias por uma cirurgia e uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, mesmo após decisão judicial favorável. A criança foi diagnosticada com espinha bífida e apresenta crises convulsivas. Ela está sendo mantida em uma incubadora no Hospital Municipal de Juína, a 737 km de Cuiabá.

Como conta o G1, os pais de Maria Helena entraram com uma ação judicial após serem informados que o estado não tinha vaga disponível para a filha na UTI neonatal.

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O juiz Fábio Petengill, da Primeira Vara Cível de Juína, determinou na última quinta-feira (7) que o governo providenciasse o leito e todo o tratamento necessário para a paciente. No caso de descumprimento da sentença, a multa diária foi estipulada em R$ 1 mil.

"É notório que se a paciente não for imediatamente internada em UTI neonatal e ser submetida à cirurgia neurológica, poderá sofrer dano irreparável à própria vida, conforme evidenciam os documentos atrelados ao pedido", escreveu o juiz na liminar.

O pai de Maria Helena, o trabalhador autônomo Claudemir Alves Coutinho, disse ao G1 que já tentou tudo o que estava ao seu alcance para garantir o tratamento à filha. "Ficamos indignados, porque minha filha está lutando pela vida dela e não conseguimos uma resposta do estado. É um sentimento de impotência muito grande ver ela acordar, ficar toda rígida e agitada e precisar ser sedada para dormir de novo", afirmou.

A menina nasceu de cesárea no dia 26 de maio, em um hospital particular de Juína. Logo depois do parto, ela foi diagnosticada com espinha bífida e encaminhada para a casa. No domingo (3), ela teve vômito e febre e foi levada pelos pais para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas foi mandada para casa.

No mesmo dia, os pais voltaram a procurar assistência médica e foram encaminhados para o Hospital Municipal de Juína, onde a bebê está internada.

"É uma situação muito difícil, mas esperamos que a Justiça seja feita", desabafou o pai.

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