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Empresas adulteraram prazo de validade sem autorização, diz Anvisa

A Anvisa identificou que diversos produtos de diagnóstico in vitro importados traziam prazo de validade diferente do aprovado no registro

Empresas adulteraram prazo de validade sem autorização, diz Anvisa
Notícias ao Minuto Brasil

16:36 - 15/08/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Importados

Diversos produtos utilizados para o diagnóstico in vitro estavam sendo importados para o Brasil com prazo de validade irregulares. Isso aconteceu porque as empresas fabricantes ou importadoras destes produtos alteraram o prazo de validade de forma arbitrária, sem encaminhar para a aprovação da Anvisa como é exigido por lei.

O prazo de validade de produtos para diagnóstico in vitroé estabelecido pelo fabricante e aprovado pela Anvisa no momento do registro. Esta aprovação é baseada nos estudos que as empresas apresentam para justificar o tempo de vida do produto, ou seja, o período pelo qual é possível garantir que os produtos mantêm suas características de desempenho ideais.

Por exemplo, se um fabricante de reagente para diagnóstico diz que o prazo de validade do seu produto é de dois anos, é necessário comprovar que o seu produto se mantém adequado para uso durante esse período. Com a apresentação dos estudos e a aprovação da Anvisa ele é autorizado a apresentar seus kits de diagnóstico com o prazo estipulado.

O problema é que alguns produtos importados estavam trazendo no rótulo um prazo de validade diferente do que foi aprovado. Na prática, isso coloca em dúvida a qualidade do produto por esse período adicional colocado pelas empresas.

Fiscalização mais rigorosa

O problema foi identificado a partir da melhoria do trabalho de fiscalização da Anvisa na importação de produtos para saúde. No último mês, a equipe de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, que realiza análise dos processos de importação, verificou a existência deste desvio e bloqueou a entrada de produtos que traziam informações diferentes do registro no país.

A Anvisa também está emitindo autos de infração para todas as irregularidades identificadas. Assim serão abertos processos administrativos para apurar a responsabilidade das empresas.

Prioridade para liberação

Para que os produtos retidos sejam liberados, é necessário que cada empresa apresente para a Anvisa o embasamento técnico para a alteração dos prazos de validade.

No último dia 25 de julho, a Diretoria de Autorização e Registro Sanitário (Diare) priorizou, por 90 dias, as análises das alterações de prazo de validade de produtos para diagnóstico in vitro. O objetivo é evitar o desabastecimento do mercado. Somente na última semana foram publicadas 346 petições.

A aprovação de alteração nos prazos de validade dos produtos é um pré-requisito para que os produtos possam ser liberados.

A Gerência-Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF) também publicou a Nota Técnica 43/2018 que atualiza os procedimentos de análise de processo de importação de produtos para diagnósticosin vitro com prazo de validade incorreto. Com informações do Portal Anvisa.

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