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Governo federal diz que não haverá limites para entrada de venezulanos

"Não temos como fechar fronteiras no nosso país", afirmou Michel Temer

Governo federal diz que não haverá limites para entrada de venezulanos
Notícias ao Minuto Brasil

21:41 - 25/08/18 por Folhapress

Brasil Medida

O governo federal informou neste sábado (25) que não fixará limites para a entrada de refugiados da Venezuela no Brasil e reiterou que as fronteiras com o país continuarão abertas.

Em evento no qual anunciou reforços para a assistência à saúde em Roraima, estado que tem sofrido o maior impacto do fluxo migratório, o presidente Michel Temer disse que o bloqueio é incogitável e inegociável.

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"Não temos como fechar fronteiras no nosso país, sob pena de praticarmos um ato desumano em relação àqueles que vêm procurar abrigo", declarou.

A barreira é um pleito da governadora de Roraima, Suely Campos (PP), com a justificativa de que o estado não tem recursos para atender aos refugiados. Mas a hipótese tem sido rechaçada pela União.

O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse que não há como controlar o fluxo migratório, mas ponderou que as autoridades brasileiras estão atentas para o problema.

"Não há que se falar de limites para o recebimento das pessoas. A cada semana, fazemos uma avaliação, a cada dia a Polícia Federal informa a entrada, a cada momento os organismos internacionais conversam com o governo brasileiro para entender qual é a demanda que temos. O Brasil está fazendo todo o esforço e continuará fazendo para bem receber os refugiados", afirmou.

Neste sábado, o governo anunciou em Brasília o envio de uma ação humanitária para atender aos venezuelanos e desafogar os serviços de saúde em Roraima. No total, 36 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório, viajarão ao estado para prestar atendimento entre segunda-feira (27) e o próximo sábado (1º).

A iniciativa é da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação.

No evento para promover a ação, Temer negou que seu governo tenha sido lento ou se dedicado pouco ao problema, que vem se acentuando desde o segundo semestre do ano passado.

Ele ressaltou que R$ 200 milhões foram liberados pelo governo federal para Roraima, dos quais R$ 187 milhões para a área de saúde. Entre as medidas tomadas, listou até a instalação de antenas para melhorar o serviço de banda larga no estado.

Até agora, 127 mil venezuelanos entraram no Brasil, a maioria fugindo da crise política e econômica. Desse total, segundo dados da Polícia Federal, 60% já deixaram o território nacional.

A Casa Civil informou que o governo tem atuado em três frentes. Uma delas são os procedimentos de fronteira, com a vacinação dos venezuelanos.

Outra medida é o acolhimento. Por ora, 4.700 pessoas foram levadas a abrigos em Roraima. A expectativa é de atender 6.000.

Outra iniciativa é estimular a transferência dos venezuelanos para outros lugares do país. "Este foi o maior movimento migratório que nós tivemos, bem maior que o dos haitianos. Já saíram 820 [venezuelanos para sete estados] e, nos próximos dias, sairão mais mil pessoas. Precisamos mandá-los adequadamente", afirmou Temer.

Segundo ele, o governo tem feito contato "com os mais variados organismos para alugar locais e formalizar empregos". Dois aviões estão sendo disponibilizados para essas operações, segundo a Casa Civil. Com informações da Folhapress.

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