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Após morte de cadela, Carrefour faz parceria para treinar funcionários

A instituição auxiliará em iniciativas internas e externas

Após morte de cadela, Carrefour faz parceria para treinar funcionários
Notícias ao Minuto Brasil

11:35 - 20/12/18 por LÍVIA MARRA, para Folhapress

Brasil Osasco

LÍVIA MARRA - Quase um mês após a morte da cadela Manchinha, o Carrefour anunciou nesta quinta-feira (20) uma parceira com a Ampara por ações em prol dos animais em todo o país. Concluído na semana passada, o inquérito apontou um funcionário terceirizado da loja de Osasco (SP) como o responsável pela morte.

A instituição auxiliará em iniciativas internas e externas. Isso inclui a criação de material de treinamento e sensibilização de funcionários e a revisão de procedimentos voltados à abordagem de animais abandonados nas lojas. A ONG também vai auxiliar a rede na coordenação de mutirões de castrações gratuitos em diversas regiões do país e na organização e implementação de eventos de adoção de animais nas lojas.

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Segundo o Carrefour, a parceria prevê ainda campanha e ações educativas para sensibilizar consumidores sobre a proteção e defesa dos animais, e o suporte para estruturação do "Pet Day".

A data foi anunciada no último dia 8, quando uma manifestação foi realizada no estacionamento do mercado para lembrar Manchinha. O "pet day" deve ser realizado anualmente no dia 28 de novembro - data da morte da cadela - quando, segundo o hipermercado, serão destinados recursos a ONGs e entidades que atuam na causa animal.

A Ampara também deve receber apoio para o projeto "O Mundo animal de Bibi", com episódios e livros para conscientização infantil.

Este é o primeiro termo de cooperação assinado "após o triste episódio ocorrido em Osasco", afirma o Carrefour em nota. "O compromisso da empresa abrange ainda outras ONGs e entidades independentes que também estão colaborando de forma relevante na construção das outras iniciativas que serão anunciadas em breve."

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MORTE

Manchinha foi agredida na loja de Osasco (Grande SP), e a morte provocou reações e reacendeu o debate sobre penas mais severas para crimes contra animais.

O inquérito foi enviado à Justiça no dia 13 e indica o segurança como autor do crime. Mais de 20 pessoas foram ouvidas e ficou constatada como causa da morte "hemorragia provocada pela lesão sofrida", segundo a Secretaria da Segurança.

Agora, deverá ser estipulada a punição ao funcionário terceirizado, que disse à polícia ter acertado o animal com uma barra de alumínio de forma não intencional, após ter sido orientado a retirar a cadela da loja.

O processo corre sob segredo de Justiça. O Carrefour diz que acompanha as investigações e continua colaborando com as autoridades para elucidar o caso.

Maus-tratos é crime de menor potencial ofensivo, ou seja, tem pena prevista inferior a dois anos, normalmente convertida em prestação de serviço.

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MANCHINHA

O episódio Manchinha foi marcado por uma série de ações questionadas por protetores.

A morte ocorreu no dia 28, mas o caso só se tornou público dois dias depois, após denúncias pelas redes sociais. O inquérito foi aberto no dia 3, quando o corpo da cadela já havia sido cremado - o que deixou a polícia sem possibilidade de ter um laudo da necropsia.

Sangrando após ter sido atingida pelo funcionário no estacionamento do mercado, a cadela foi capturada com um enforcador pela equipe do Centro de Zoonoses, acionada para o resgate. A cadela chegou a desfalecer durante o procedimento, informou o Carrefour em meio à polêmica.

Socorrido, o animal não resistiu e morreu em seguida. Na ocasião da captura, havia a informação de atropelamento, e não maus-tratos. Com isso, o corpo foi incinerado, procedimento padrão da prefeitura em casos assim.

Sem necropsia, não houve laudo para atestar a causa da morte. O inquérito foi baseado em depoimentos e imagens de câmera de segurança.

A cadela, que vivia no mercado havia alguns dias e era alimentada por alguns funcionários.

O Carrefour afastou o funcionário terceirizado assim que o caso veio à tona e afirmou repudiar maus-tratos e colaborar com as investigações. Com informações da Folhapress. 

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