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Prefeitura de São Paulo confirma segunda morte por dengue

Um menino de 11 anos, morador do Jardim Miriam, zona sul de São Paulo, morreu com dengue, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do município. Ele tinha comorbidades (duas ou mais doenças relacionadas) e aguardava transplante de medula.

Prefeitura de São Paulo confirma segunda morte por dengue
Notícias ao Minuto Brasil

16:11 - 16/03/15 por Agência Brasil

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O menino deu entrada no Instituto da Criança, no dia 25 e fevereiro, e morreu no último dia 9. É a segunda morte provocada por dengue, este ano, na capital paulista – a primeira foi de uma senhora de 84 anos, moradora no distrito de Brasilândia, zona norte, em 28 de janeiro.

O município de São Paulo registrou 2.438 casos confirmados de dengue, de 4 de janeiro a 28 de fevereiro. São 1.883 casos autóctones (contraídos no próprio município) e 555 importados – quase três vezes mais do que os números registrados em igual período do ano passado.

Na semana passada, quando os números foram divulgados, o secretário adjunto de Saúde da prefeitura, Paulo Puccini, considerou “elevada” a quantidade de casos. “Vivemos uma situação inusitada, de ocorrência e intensificação da dengue no Brasil, e no estado de São Paulo, em particular, que atingiu, de forma forte, a capital. O município tem muitas particularidades pelas quais a situação da dengue aqui poderia estar muito pior, como a alta movimentação da população”, disse.

A região norte da cidade continua a concentrar o maior número de infectados no município, e segundo o secretário, um dos fatores que colabora para o aumento do número de casos da doença é a crise de abastecimento hídrico, que afeta principalmente os bairros da zona norte.

“Eu posso falar que a crise hídrica é responsável por parte do aumento da dengue no município. Recipientes de armazenamento de água, que não eram usados no passado, passaram a existir como criadouros [do Aedes aegypti] de forma expressiva. A dengue vem se manifestando sobretudo na zona norte, que é área mais penalizada pela falta de água”, destacou.

Em fevereiro, o uso de baldes e regadores para armazenamento hídrico – encontrados com água pelos agentes da prefeitura – cresceu 212,7% em comparação a outubro de 2014, segundo levantamento da secretaria. Caixas não ligadas à rede também tiveram alta expressiva de 135,3%.

O Ministério da Saúde também divulgou balanço indicando que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco de possíveis epidemias e 877 estão em alerta. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), revelou que mais 627 cidades apresentam índice satisfatório. No total, 1.844 municípios brasileiros participaram do levantamento, entre janeiro e fevereiro deste ano, com aumento de 26,38% em relação aos 1.459 municípios pesquisados no mesmo período do ano passado.

Até 7 de março foram registrados 224,1 mil casos de dengue no país – aumento de 162%, comparado aos 85,4 mil casos em igual período do ano passado. As maiores incidências de casos de dengue foram detectadas nos estados do Acre, com 695,4 casos por 100 mil habitantes; de Goiás, com 401 casos por 100 mil habitantes; e de São Paulo, com 281 casos por 100 mil habitantes.

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