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Andressa Urach comenta nomeação para cargo no governo: 'Ajudar pessoas'

"Me matriculei em um curso de gestão pública, para entender de burocracias", contou a ex-modelo

Andressa Urach comenta nomeação para cargo no governo: 'Ajudar pessoas'
Notícias ao Minuto Brasil

10:28 - 28/02/19 por Notícias Ao Minuto

Brasil Rio Grande do Sul

Andressa Urach foi nomeada para o cargo de assessora da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Indicada pelo deputado Sérgio Peres (PRB), que é pastor na Igreja Universal, a mesma que Andressa frequenta, a ex-modelo destacou que possui experiência e conhecimentos para a função que assumirá.

"Ele (o cargo) não exige formação superior e nenhum curso proporciona a vivência que são os trabalhos voluntários que fiz por quatro anos, em presídios femininos e projetos que cuidam de mulheres vítimas de violência doméstica. Nas prisões, o deputado Sergio Peres (do PRB, que a convidou para o cargo) ia pregar a palavra de Deus e eu contava a minha história como forma de inspirar as mulheres a recomeçar. Também pela igreja, e por meio de conversas e cursos, ajudava mulheres vítima de violência doméstica a lidarem com o trauma. Abandonei a faculdade de enfermagem, que comecei no ano passado, e me matriculei em um curso de gestão pública, para entender de burocracias. Minha função vai ser atender pessoas que tiveram seus direitos humanos violados e ajudá-las. Trabalharei com uma equipe que, aí sim, é especializada", explicou Andressa.

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Em entrevista à Universa, do UOL, a futura assessora do governo do RS falou sobre as suas experiências profissionais: "Eu trabalhei como repórter da Record até 2017. Em 2015, lancei um livro com a minha história e, quando o contrato com a TV acabou, passei a viver das vendas desse livro. Foram mais de 1,5 milhão de cópias vendidas. Voltei para o Rio Grande do Sul para ficar perto da minha mãe, decidi perdoá-la e começar do zero.".

Sobre o relacionamento com a mãe, Andressa explicou:

"Sofri violência física e psicológica na infância. Minha mãe não tinha condições de me criar e meu pai me rejeitou, então ela me deu para a mãe do homem com quem ela estava se relacionando. O marido dessa mulher abusou sexualmente de mim até meus oito anos, que foi quando ela descobriu e me devolveu para a minha mãe biológica. Ela era muito nova, tinha 15 anos, e descontava em mim o peso da maternidade. Me batia muito. Depois disso, fui agredida por namorados. Então, eu sei bem o porquê de uma mulher não denunciar".

Questionada pela reportagem sobre o direito ao aborto, uma das pautas defendidas por ativistas de Direitos Humanos, a ex-modelo afirmou: "Acho que há assuntos mais importantes para serem debatidos do que uma opção pessoal. Não gosto de assuntos polêmicos e acho que minha opinião não faz diferença na vida das pessoas".

Andressa também aproveitou para relembrar sua história de vida.

"Eu era viciada em cocaína, vivia na prostituição de luxo, era agressiva, tinha depressão, síndrome do pânico e, antes da infecção (que teve nas pernas depois que aplicou um químico nas coxas para aumentá-las), estava me envolvendo com criminosos e chefes de facção. Pensava, constantemente, em suicídio. Foi muito difícil me recuperar. Tive a oportunidade de fazer novas escolhas e acho que todo mundo deve ter".

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