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Casal terraplanista italiano se perde ao navegar em busca do fim do mundo

"O engraçado nisso é que eles usaram uma bússola, que funciona de acordo com o magnetismo da Terra, um conceito que eles, como pessoas que acreditam na terra plana, deveriam rejeitar", afirmou Zichichi ao jornal italiano La Stampa

Casal terraplanista italiano se perde ao navegar em busca do fim do mundo
Notícias ao Minuto Brasil

17:07 - 07/09/20 por Folhapress

Mundo Itália

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o objetivo de provar que a terra é plana, um casal italiano decidiu navegar em busca do fim do mundo, mas acabou se dando mal. Segundo o jornal Clarín, os terraplanistas (que não tiveram seus nomes divulgados) se perderam no mar Mediterrâneo e foram resgatados pelo médico Salvatore Zichichi, que trabalha no Ministério da Saúde na Itália.


"O engraçado nisso é que eles usaram uma bússola, que funciona de acordo com o magnetismo da Terra, um conceito que eles, como pessoas que acreditam na terra plana, deveriam rejeitar", afirmou Zichichi ao jornal italiano La Stampa.


A viagem aconteceu em abril, quando toda a Itália estava em confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o jornal Clarín, o casal é de Veneza e teria partido do porto da ilha de Lampedusa (entre a Sicília e o Norte de África) com o intuito de achar a borda do planeta.


No Brasil, pesquisa do Instituto Datafolha realizada em julho de 2019 apontou que uma parcela de 7% dos brasileiros credita que o formato da Terra é plano. O levantamento contou com 2.086 entrevistados maiores de 16 anos em 103 cidades pelo país e foi o primeiro a estimar quantos no país duvidam que o planeta seja esférico -cerca de 11 milhões de pessoas.


Declararam crer que a Terra seja redonda 90% dos entrevistados e o restante disse não saber sua forma. A crença de que a Terra é plana se revelou inversamente proporcional à escolaridade. Enquanto 10% das pessoas que deixaram a escola após o ensino fundamental defendem o chamado terraplanismo, essa parcela diminui entre os que estudaram até concluir o ensino médio (6%) ou superior (3%).


Apesar de representarem minoria no Brasil, em termos absolutos é difícil classificar o grupo como pequeno, uma vez que a crença requer a negação de um dos princípios fundamentais da geografia, repetidamente confirmado por observações e experimentos por mais de dois milênios.


Em novembro do ano passado, uma convenção em São Paulo reuniu quem duvida de que a Terra seja redonda.

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