Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Gilberto Gil diz que poder de mudar governos está no voto

Gil afirmou que uma parcela da atual classe governamental está do lado negativo da vida humana

Gilberto Gil diz que poder de mudar governos está no voto
Notícias ao Minuto Brasil

14:12 - 24/05/22 por Folhapress

Fama Entrevista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O cantor, Gilberto Gil , 79, disse que uma parcela da classe governamental está do lado negativo da vida humana e que o poder de mudança está no voto. A afirmação foi feita no centro do Roda Viva (TV Cultura) -23 anos após sua última participação no programa-, que foi gravado e veiculado na noite desta segunda-feira (23).

Gil respondia a um dos entrevistadores que perguntou se a música "Pessoa Nefasta" (1984) foi feita para um político específico. O cantor disse que a canção fala da possibilidade do ser humano de mostrar um lado obscuro que habita em todos e que em alguns "hipertrofia".

"Era uma época que o [Paulo] Maluf era um dos grandes homens da vida política no Brasil. Me perguntaram se era para o [ex-governador da Bahia] Antônio Carlos Magalhães. Eu digo que não é dirigido [a ninguém]", disse.

Gil afirmou ainda que uma parcela da atual classe governamental está do lado negativo da vida humana. "A vida deu a chance deles chegarem [ao poder] com suas milícias. Tomara que estejamos aptos a nos livrar deles."

O cantor falou que já dava para imaginar que no atual governo haveria a destruição das artes, que a cultura seria minada e os fomentos abandonados. "A gente fica consternado com tudo isso que está acontecendo, mas não é o suficiente, é preciso lutar, insistir", enfatizou.

Gil disse que o povo, a sociedade devem tomar nas mãos a responsabilidade de mudar isso e um dos grandes instrumentos de mudança é o voto. "Nós temos a possibilidade de remoção dos governos a cada eleição, temos a possibilidade de manter ou substituir governos."

O período no Ministério da Cultura, no governo Lula (PT), foi analisado pelo artista como uma fase em que era obrigado a priorizar escolhas. "Eu dentro de mim mesmo deixo o caos se largar para onde quiser", disse. "Ali não. Ali eu tinha o orçamento, para onde vai, que projeto acolher, que escolha fazer".

Segundo ele, foi uma fase em que teve a oportunidade de juntar o seu jeito contemplativo, que espera o momento de entrar como pacificador, e o fato de estar no meio do conflito. Como exemplo de decisões importantes, citou os pontos de cultura, que chegaram até o "lixão de Maceió e a biblioteca do açougueiro de Brasília".

Em um trecho bem-humorado da entrevista, o cantor lembrou um episódio "folclórico" envolvendo o seu nome, ocorrido quando o sítio da família foi assaltado. Três homens armados entraram no local e perguntaram onde estava o cofre. "Eu disse: procure. Não é você que está fazendo esse serviço?". Foi um ato impulsivo que depois virou história contada por músicos nos bastidores.

O cantor falou também sobre a sua eleição para a ABL (Academia Brasileira de Letras) como uma consequência de um trabalho na cultura popular realizado ao longo da vida. Ele citou Villa-Lobos, Ary Barroso e Tom Jobim como músicos que poderiam ter ido para a academia antes dele.

Do ponto de vista pessoal, Gil discorreu sobre envelhecimento e legado. "Vou virar ancestral, já estou chegando perto disso", afirmou. "De vez em quando alguém me diz: você vai virar orixá. Eu digo: tudo bem, qual é o problema? É deles que eu venho".

Gil disse que, quando ele desaparecer, ficará o cancioneiro e os documentos gerados a partir da voz dele, como as entrevistas.

Receba as notícias dos famosos, novelas, BBB e outros reality shows.

O mundo das celebridades com fotos, vídeos e noticias de actores, actrizes e famosos.

Obrigado por ter ativado as notificações de Fama ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Brasil Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório