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Brasileiros fazem ato pró-Lula e Dilma no Festival de Berlim

Ato antecedeu primeira sessão de 'O Processo', documentário da brasiliense Maria Augusta Ramos que fala dos bastidores do impeachment de Dilma Rousseff

Brasileiros fazem ato pró-Lula e Dilma no Festival de Berlim
Notícias ao Minuto Brasil

15:24 - 21/02/18 por Folhapress

Cultura Manifestação

Sob o frio de 4º C na capital alemã, cerca de 20 brasileiros e outros entusiastas se reuniram em uma manifestação pró-Lula e Dilma em Potsdamer Platz, praça que sedia o Festival de Berlim, na tarde desta quarta (21).

O ato foi marcado nas redes sociais e agendado para coincidir com o dia da primeira sessão de "O Processo", documentário da brasiliense Maria Augusta Ramos que fala dos bastidores do impeachment de Dilma Rousseff. Eles empunhavam cartazes de apoio aos ex-presidentes e pedindo a anulação do impeachment.

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"Acho que devia fazer um paredão assim", propunha a arquiteta paulista Maristela Alves, 58, enquanto estendia uma manta com estampa da bandeira do Brasil entre duas caixas de som.

Ela é uma das figuras mais ativas no grupo em que o protesto foi organizado numa rede social. Alves também criou o "SOS Lula", que nas suas contas reúne 40 brasileiros espalhados na Europa, "engajados na resistência".

Ao seu lado, o artista plástico paraibano Flauberto de Medeiros, 50 anos, 16 deles na Alemanha, testava o som: "Volta, Dilma, volta, Dilma, volta, Dilma", entre ruídos de microfonia.

"É tudo com dinheiro nosso, não tem dinheiro do PT", disse Flauberto à reportagem, apontando para as faixas no chão da Potsdamer Platz: "Pare o golpe no Brasil". Na trilha sonora, o samba-enredo da escola de samba Paraíso do Tuiuti, que protestou contra Temer na Sapucaí, Geraldo Vandré Chico Buarque: "Apesar de Você".

A diretora afirma não ter envolvimento com o ato. Com sessão marcada para as 18h30 locais, "O Processo" é calcado nas observações da diretora sobre políticos e anônimos envolvidos no calor do impeachment, em 2016. A diretora diz que ouviu todos os lados envolvidos, mas que não fez uma obra imparcial.

Alves assumiu o microfone e fez um discurso, denunciando "a perseguição jurídica e midiática contra Lula" e pedindo apoio da comunidade internacional. A produtora cultural Rebeca Lang, 51, veio de Paris, onde mora há 30 anos, para participar do protesto. "Daqui de fora nós não vamos nos calar. Nosso papel como brasileiros expatriados é denunciar."

Ela comemorava o fato de ser das poucas que conseguiram ingresso para o filme. Além dela, outras duas brasileiras tinham vindo de Zurique. O diretor Kiko Goifman, que tem o filme "Bixa Travesty", também ajudou a segurar uma das faixas.

Enquanto Rebeca discursava, um casal de turistas brasileiros interrompeu: "Lula ladrão." O coro respondeu: "coxinhaaaaa". Curiosos, alemães liam as faixas e tiravam fotos quando passavam pela Potsdamer Platz, praça que na Guerra Fria foi cortada pelo Muro de Berlim.

A cantora lírica Sylvia Klein, 50, tomou a iniciativa de pegar o microfone e cantou "Roda Viva", enquanto um bailarino rodava empunhando o cartaz: "Das Volk möchte Lula" (O povo gosta de Lula, em tradução livre). Com informações da Folhapress.

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