Hoje (21) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para discutir sobre a nova taxa de juros. O BC deve manter os juros básicos da economia em 14,25% ao ano, o que corresponde ao maior patamar em nove anos. Na reunião anterior do Comitê, em setembro, os juros já tinham ficado inalterados.

De acordo com informações divulgadas pelo G1, esta é a expectativa da maior parte dos analistas do mercado financeiro e consideram as indicações da própria autoridade monetária. Alexandre Tombini, presidente do BC, disse durante o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no Peru, que a estratégia da instituição, para a taxa de juros, é de manter o atual nível "por um período suficientemente prolongado" de tempo.

A publicação destaca que ao subir os juros ou mantê-los elevados, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo. Esta seria uma medida para segurar a inflação, que tem mostrado resistência neste ano por conta da alta do dólar (que encarece insumos e produtos importados) e dos preços de telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros.

No entanto, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros altos acabam prejudicando o nível de atividade da economia brasileira e, também, a geração de empregos. Para 2015, o mercado prevê uma retração do PIB de 3% e, para 2016, de 1,22%. Se confirmado esse cenário, será a primeira vez, desde 1948, o país registra dois anos seguidos de contração na economia.