Joaquim Levy assume cargo de diretor no Banco Safra
Levy foi uma das primeiras baixas do governo Bolsonaro, em 16 de junho de 2019, quando pediu demissão do BNDES
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Economia Negócios
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um ano após pedir demissão da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o economista Joaquim Levy assumiu o cargo de diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Banco Safra nesta segunda-feira (22).
Levy foi uma das primeiras baixas do governo Bolsonaro, em 16 de junho de 2019, quando pediu demissão do BNDES um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter afirmado estar "por aqui" com o economista.
"Essa pessoa, o Levy, já vem há algum tempo não sendo aquilo que foi combinado e aquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já há algum tempo", afirmou o presidente Bolsonaro, na época.
O estopim para a crise teria sido a indicação de Marcos Barbosa Pinto - que foi assessor do BNDES no governo petista - para dirigir a área de mercado de capitais do banco de fomento. Levy –que também participou do governo de Dilma Rousseff (PT) como ministro da Fazenda - havia sido levado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir o BNDES em 2018.
Antes de assumir o cargo no governo Bolsonaro, Levy foi diretor geral e financeiro do Banco Mundial em 2016, onde foi responsável pelas estratégias financeira e de gestão de riscos da instituição. Também representou a instituição no Conselho de Estabilidade Financeira do G20 (grupo das maiores economias do mundo).
Passou também pela BRAM (Bradesco Asset Management), de 2010 a 2014 e foi secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro em 2007. O economista também participou do governo Lula como secretário do Tesouro Nacional e do governo FHC (Fernando Henrique Cardoso), como secretário-adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda e como economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Levy foi economista visitante no BCE (Banco Central Europeu) entre 1999 e 2000 e integrou o quadro do FMI (Fundo Monetário Internacional) de 1992 a 1999.
No primeiro trimestre deste ano, o Banco Safra reportou R$ 497 milhões de lucro líquido, uma queda de 8,6% em relação a igual período de 2019. A instituição também apresentou alta de 9,6% nos ativos sob gestão, para R$ 250 bilhões e um avanço de 6,8% carteira de crédito total, para R$ 110 bilhões.