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Para Maia, programa Renda Brasil 'é mais do mesmo'

O programa de transferência do governo Bolsonaro foi criticado por Rodrigo Maia

Para Maia, programa Renda Brasil 'é mais do mesmo'
Notícias ao Minuto Brasil

05:20 - 06/07/20 por Estadao Conteudo

Economia Governo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou o Renda Brasil como "mais do mesmo". Em entrevista à Globo News neste domingo, o parlamentar disse que o programa que está sendo gestado pelo governo de Jair Bolsonaro em substituição ao Bolsa Família apenas unifica benefícios e não cumpre o papel de garantir a "mobilidade social" dos mais pobres.

"O Renda Brasil é mais do mesmo. É unificar o que já existe de programa, ampliar o valor médio de R$ 180 para R$ 230 e manter isso como programa de transferência de renda. Nós precisamos ir além do programa de transferência de renda. Precisamos ter uma parte de recurso de transferência para garantir que nenhum brasileiro fique abaixo da linha da pobreza e somar isso a uma variável que a gente estimule a mobilidade social das famílias", disse.

Maia defende que, além de transferir renda, o governo também deve oferecer "prêmios" à população de baixa renda que cumprir algumas etapas da organização familiar para aprimoramento dos estudos e inserção no mercado de trabalho, por exemplo. O deputado lembrou que a exigência de matrícula de filhos na escola para recebimento do Bolsa Família, que existe desde 2004, não ajudou os mais pobres a avançarem socialmente.

"A transferência de renda apenas tira as famílias da extrema pobreza. A discussão que devemos começar a fazer é como garantimos mobilidade social, como garantimos um prêmio a essas famílias quando o filho termina o ensino fundamental, quando um pai volta a estudar, quando uma família consegue terminar sua habitação", comentou.

Como mostrou o Estadão, estudos preliminares do Renda Brasil preveem um orçamento anual de R$ 51,7 bilhões e 57,3 milhões de pessoas beneficiadas (18,6 milhões de famílias). Hoje, o Bolsa Família inclui 41 milhões de pessoas (13,2 milhões de famílias) e custa cerca de R$ 32 bilhões por ano.

Com o novo programa, o pagamento médio aos beneficiários deve subir de R$ 190,16 para R$ 232,31.

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