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Bolsa tem leve queda, e dólar segue abaixo de R$ 5

O dólar teve contração marginal de 0,04%, a R$ 4,9640, chegando a ser negociado a R$ 4,9370 na mínima do pregão

Bolsa tem leve queda, e dólar segue abaixo de R$ 5
Notícias ao Minuto Brasil

21:30 - 23/06/21 por Folhapress

Economia Mercado financeiro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa fechou em leve queda de 0,26%, a 128.427,98 pontos, nesta quarta-feira (23), novamente pressionada por ações de bancos, embora Vale e Petrobras tenham subido na esteira da alta do minério de ferro e do petróleo.

Já o dólar teve contração marginal de 0,04%, a R$ 4,9640, chegando a ser negociado a R$ 4,9370 na mínima do pregão. O turismo está a R$ 5,1300.

Na véspera, a moeda americana fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 10 de junho de 2020, a R$ 4,9660.

A desvalorização da divisa dos Estados Unidos reflete a expectativa de juros mais altos no Brasil. Após alta da Selic para 4,25%, o mercado vê a taxa a 6,5% ao fim de 2021.

Wall Street também encerrou com pequenas variações, mas suficientes para o Nasdaq renovar máximas, em alta de 0,13%, impulsionado pela alta de 5,15% das ações da Tesla. O S&P 500 fechou com decréscimo de 0,11% e o Dow Jones, de 0,21%.

Investidores repercutiram dados sobre atividade industrial nos EUA e falas de membros do Fed (banco central americano) no radar.

A empresa de dados IHS Markit informou que seu PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) para o setor de manufatura dos EUA subiu para 62,6 neste mês, superando as estimativas de 61,5, mas os fabricantes ainda estão lutando para garantir matérias-primas e trabalhadores qualificados, elevando substancialmente os preços.

Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que reforçou a necessidade de o BC dos EUA subir o juro em 2022 com a inflação mais forte do que o esperado e os EUA em plena recuperação da pandemia.

Na Bolsa brasileira, o Itaú Unibanco recuou 0,72%. Na véspera, o Senado aprovou MP que eleva a alíquota da CSLL dos bancos. No setor, Bradesco cedeu 0,44%, mesmo após aprovar R$ 5 bilhões em JCP intermediário relativo ao primeiro semestre do ano. A proposta do governo federal de tributar dividendos e acabar com JCP (Juros sobre Capital Próprio) tem tido efeito nas ações de bancos, conhecidas por distribuírem lucros aos acionistas.

BB Seguridade perdeu 3,02%, após aprovar reforço de capital de até R$ 600 milhões na Brasilprev. A empresa disse que não estima insuficiência de capital, mas por prudência os sócios BB Seguros e Principal Financial Group optaram pelo reforço, "em virtude da volatilidade do cenário macroeconômico e do aumento do IGP-M".

Vale avançou 1,5%, na esteira da alta do minério de ferro na China. Além disso, o Morgan Stanley reiterou recomendação para os ADRs (recibos de ação negociados nos EUA) da mineradora, e elevou projeções para a companhia até 2024, incluindo lucro e receita.

As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras subiram 0,69% com a alta dos preços do petróleo no mercado externo, com o Brent fechando em elevação de 0,51%, a US$ 75,19 o barril.

Já a Braskem valorizou-se 2,41%. O Senado aprovou na véspera MP que abre o processo de revogação do Regime Especial da Indústria Química, que dá incentivos tributários ao setor. A retirada desses benefícios será gradual, nos próximos sete anos. Investidores também seguem atentos a desdobramentos sobre venda da fatia dos controladores.

CVC fechou com elevação de 4,36%, apoiada em expectativas otimistas sobre a vacinação contra a Covid-19 e retomada de viagens. Nesta semana, a empresa aprovou um aumento de capital. Em 2021, as ações da operadora de turismo sobem mais de 40%, após fecharem 2020 com um tombo de 50%.

A Eztec, por outro lado, caiu 5,69%, em meio a perspectivas de juros mais altos do no Brasil, o que contaminou também ações de shopping centers e consumo.

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