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Disputa pela Dutra deverá ser acirrada entre os investidores

Os investidores internacionais que já estão no País devem marcar presença

Disputa pela Dutra deverá ser acirrada entre os investidores
Notícias ao Minuto Brasil

08:30 - 20/09/21 por Estadao Conteudo

Economia Via Dutra

A expectativa é de que a disputa pela concessão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) seja acirrada. Mas não se espera a presença de muitos investidores novos, sobretudo estrangeiros. "É um ativo muito atraente, e esperamos competição. Mas poderia ser ainda maior e ter investidores mais diversificados", diz Cláudio Frischtak, sócio da consultoria Inter.B.

Os investidores internacionais que já estão no País devem marcar presença. Na lista, estão a canadense Brookfield e a espanhola Abertis, ambas sócias da Arteris; o grupo italiano Gavio, sócio da Ecorodovias; e chineses que analisam a concessão. "Essas companhias já estão mais acostumadas com o ambiente econômico e político do Brasil e não se assustam tanto (com as turbulências)", diz Frischtak.

Entre as brasileiras, é esperada a participação da gestora Pátria, que tem marcado presença nos últimos leilões. O sócio da Galípolo Consultoria, Gabriel Galípolo, afirma que a empresa tem capacidade financeira para disputar o ativo. Mas destaca que a Pátria ainda está digerindo as últimas concessões conquistadas, como o corredor Piracicaba-Panorama (conhecido como Pipa), em São Paulo. A empresa arrematou a rodovia por R$ 1,1 bilhão no ano passado, em parceria com o fundo soberano de Cingapura GIC.

A outra participante é a CCR, atual concessionária da Dutra. A empresa é vista como a favorita para continuar com a concessão da rodovia por ter acesso a todas as informações com mais detalhes que os concorrentes, afinal ela administra a estrada há 25 anos. Mas, da mesma forma que conhece os pontos fortes da rodovia, também conhece as desvantagens, que outro concorrente não entende e pode subestimar numa oferta, diz Renato Sucupira, presidente da BF Capital.

Hoje a Dutra representa 13% das receitas do grupo CCR. Em 2020, a rodovia faturou R$ 1,3 bilhão com as tarifas de pedágio. Em nota, a companhia afirmou que acompanha com prioridade o processo de licitação da rodovia e sempre tem interesse em projetos que tenham viabilidade econômico-financeira, socioambiental e segurança jurídica. Em 2015, o grupo perdeu a relicitação da Ponte Rio-Niterói para a Ecorodovias.

Na avaliação de especialistas, os números do leilão da BR-116, que exigirá quase R$ 15 bilhões de investimentos e R$ 10 bilhões de custos operacionais, vão selecionar os participantes. O leilão será híbrido.

A disputa será pela menor tarifa de pedágio, mas com limite de 15% no deságio. Se mais de um concorrente chegar a esse patamar de desconto, o leilão irá para ofertas de outorgas, sem limite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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