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Google vai usar inteligência artificial para melhorar o trânsito do Rio de Janeiro

A novidade foi divulgada junto a um pacote de iniciativas focada em sustentabilidade, que inclui um recurso para verificar a pegada ambiental antes de reservar voos

Google vai usar inteligência artificial para melhorar o trânsito do Rio de Janeiro
Notícias ao Minuto Brasil

11:20 - 06/10/21 por Folhapress

Tech GOOGLE-TECNOLOGIA

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O Google anunciou nesta terça-feira (5) um projeto para estudar formas de otimizar o sistema de semáforos do Rio de Janeiro por meio de inteligência artificial, o que pode melhorar o trânsito da cidade e ajudar a reduzir emissões de carbono.

A novidade foi divulgada junto a um pacote de iniciativas focada em sustentabilidade, que inclui um recurso para verificar a pegada ambiental antes de reservar voos.

O projeto é uma parceria com a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro) e deve começar a ser implementado nos próximos meses.

A ideia é estudar condições do tráfego e o tempo gasto nos semáforos da cidade e, a partir desses dados, treinar modelos baseados em inteligência artificial para melhorar o momento em que o sinal muda e, assim, otimizar cruzamentos ineficientes.

O Google conduziu uma pesquisa semelhante em Israel. Segundo a companhia, os resultados foram promissores, apontando para uma redução de 10% a 20% no consumo de combustível e no tempo de atraso nos cruzamentos.

"Estamos animados em expandir esse piloto para o Rio de Janeiro e outras cidades", disse Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet no anúncio publicado nesta terça (5).

O projeto integra um pacote de novas iniciativas divulgadas pela companhia na área de sustentabilidade.

Entre as novidades está um recurso do Google Flights (serviço do Google para compra de passagens aéreas) que permite ver as emissões de CO2 associadas a cada voo. Com isso, uma pessoa poderá comparar, nos resultados da pesquisa, a intensidade de carbono entre as opções disponíveis e escolher por uma rota menos poluente.

Além disso, será possível conferir a informação por tipo de assento. Poltronas executivas ou de primeira classe, por exemplo, representam uma parcela maior das emissões totais, visto que ocupam mais espaço no avião.

De acordo com o Google, a nova funcionalidade poderá ser acessada no Brasil em breve.

Outra novidade é em relação a reservas de hotéis. Desde setembro deste ano, quem procura por opções de estadia no sistema de buscas também consegue ver se o hotel possui compromissos sustentáveis.

Ao clicar na descrição de um local para se hospedar, aparece uma lista detalhando iniciativas para redução de resíduos, conservação de água e eficiência energética.

A companhia também anunciou novos recursos para o Google Finance, serviço de informações voltado para o mercado financeiro.

Desde outubro de 2020, quem pesquisa por uma empresa no Google tem acesso a informações como o código de ações e preço de negociação atual. Em breve, também será possível ver uma "pontuação de sustentabilidade" da companhia. A nota será baseada no CDP (Carbon Disclosure Project), iniciativa que avalia políticas relacionadas a mudanças climáticas e auxilia empresas a divulgarem seus impactos ambientais.

De acordo com o anúncio desta terça (5), a plataforma também vai fornecer ao usuário uma pontuação para o portfólio, indicando o quão sustentável está a carteira de investimentos.

O Google também divulgou funcionalidades que ainda não estão disponíveis no Brasil. Uma delas é em relação à pesquisa sobre mudanças climáticas no sistema de busca.

Quem procurar pelo tema receberá, primeiramente, informações de fontes consideradas confiáveis, como as Nações Unidas.

Além disso, o usuário terá acesso a um painel com notícias e dados sobre causas, efeitos e formas de combater a crise do clima. No entanto, o recurso, que será lançado no final de outubro, estará disponível apenas nas versões em inglês, francês e espanhol.

Nos Estados Unidos, também foi inaugurada uma nova funcionalidade do Google Maps que permite escolher rotas menos intensas em carbono. O recurso deve estar disponível na Europa em 2022 e ainda não há previsões para chegar ao Brasil.

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