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Economistas acreditam que governo já abandonou a meta fiscal deste ano

Ontem, o governo decidiu adiar para março o corte que pretende fazer nos gastos para tentar cumprir a meta de economia de 0,5% do PIB

Economistas acreditam que governo já abandonou a meta fiscal deste ano
Notícias ao Minuto Brasil

05:26 - 12/02/16 por Notícias Ao Minuto

Economia Expectativa

Algumas medidas adotadas pela equipe econômica de Dilma, como o adiamento do anúncio no corte do Orçamento e as notícias de que o governo pretende adotar regras mais flexíveis para cumprir a meta de superavit primário, estão prejudicando ainda mais a pasta.

Ontem, o governo decidiu adiar para março o corte que pretende fazer nos gastos para tentar cumprir a meta de economia de 0,5% do PIB.

Em conversa com a Folha de S. Paulo, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, disse que o atraso é prejudicial. "A presidente já deveria ter apresentado coisas pontuais nesse sentido em sua mensagem ao Congresso, na semana passada. Mas o clima já está tão ruim que não será isso o que vai mudar as expectativas do mercado.", afirmou o profissional.

Segundo José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, o governo tenta ganhar tempo para negociar com parlamentares cortes nos gastos ou aumento de impostos para definir o Orçamento.

Para Marcelo Giufrida, sócio da Garde Asset Management, o que mais preocupa não é o governo postergar a decisão, mas a intenção de adotar bandas de flutuação do superavit. "Na prática, o governo está abandonando a meta fiscal para este ano", afirma o economista.

"No curto prazo só tem um jeito de resolver o problema fiscal: aumentar imposto, o que é inviável por causa do Congresso", diz Perfeito.

O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, também acredita que não será possível cumprir a meta. "Estimamos para este ano um deficit de pelo menos 1% do PIB, mas com chance de revisão para 1,5% nas próximas semanas", afirma. Ele acrescenta, porém, que o mais preocupante é a perspectiva de endividamento crescente.

O mercado de juros futuros também está com essa preocupação. Com dívida maior, o governo pode ter de aumentar a remuneração oferecida aos investidores para se financiar.

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