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Dólar volta a cair, apesar de ação do BC e cenário externo

Câmbio e queda de petróleo no mercado internacional não influenciam; moeda fica em 0,76%

Dólar volta a cair, apesar de ação do BC e 
cenário externo
Notícias ao Minuto Brasil

20:52 - 22/07/16 por Folhapress

Economia Recuo

Após passar parte do pregão em alta, o dólar voltou a cair frente ao real nesta sexta-feira (22), apesar de mais uma ação do Banco Central no câmbio e da queda do petróleo no mercado internacional.

O dólar comercial terminou o pregão em baixa de 0,76%, a R$ 3,2580. No acumulado da semana, ganhou 0,09%.

O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,36%, a R$ 3,2916. Na semana, acumulou alta de 0,62%.

Pela manhã, o BC leiloou 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões.Com a operação, o BC reduziu seu estoque de swap cambial tradicional, que corresponde à venda futura da moeda americana, para US$ 55,135 bilhões.No exterior, a moeda americana subiu frente à maior parte das moedas.

Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor, avalia que o fato de o petróleo ter passado a cair menos no período da tarde ajudou o real. "A despeito do cenário externo, o dólar não tem motivo para se sustentar em alta ante o real. Com os juros altos, o Brasil é um paraíso para a renda fixa e para especulações de curto e médio prazos", afirma.

Ítalo Santos, especialista em câmbio da Icap, observa o fluxo de dólares está reduzido por causa das férias no hemisfério norte, o que aumenta a volatilidade. "De qualquer forma, o Brasil continua sendo atrativo também pela perspectiva do impeachment", afirma.

Investidores seguem apostando no afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, no julgamento do impeachment pelo Senado em agosto. Analistas esperam uma forte entrada de recursos no país com a confirmação do impeachment, o que deve impulsionar ainda mais o real e a Bolsa.No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 fechou estável, a 13,945%, depois de ter subido na véspera com a perspectiva de que um corte na taxa básica de juros (Selic) não deve ocorrer tão cedo.

O contrato de DI para janeiro de 2018 avançou de 12,780% para 12,840%, e o contrato de DI para janeiro de 2021 subiu de 11,970% para 12,070%.O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, porém, caía 0,63%, aos 286,986 pontos.

BOLSA

O Ibovespa fechou em alta de 0,64%, aos 57.002,08 pontos, renovando a pontuação máxima em 14 meses. O giro financeiro foi de R$ 5,6 bilhões, mais fraco do que nas sessões anteriores. Na semana, o índice subiu 2,56%. No ano, acumulada alta de 31,49%.

As ações PN da Petrobras subiram 0,75%, a R$ 11,94 (PN), e as ON perderam 0,36%, a R$ 13,75.Os papéis da Vale caíram 0,71%, a R$ 13,94 (PNA), e 1,43%, a R$ 17,15 (ON), pressionados pelo recuo do minério de ferro na China.No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 0,61%; Bradesco PN, +0,65%; Banco do Brasil ON, -1,62%; Santander unit, +2,26%; e BM&FBovespa ON, -0,15%.

EXTERIOR

Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 subiu 0,46%; o Dow Jones, +0,29%; e o Nasdaq, +0,52%. Os investidores reagiram a balanços corporativos mistos relativos ao segundo semestre, mas a avaliação é de que, em geral, os resultados têm vindo satisfatórios.

A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,46%; Paris, +0,11%; Frankfurt, -0,09%; Madri, +0,19%; e Milão, -0,16%.Na Ásia, os investidores reagiram às declarações do presidente do banco central do Japão na véspera. Haruhiko Kuroda descartou a possibilidade de lançamento de medidas de estímulos monetários mais agressivas.

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,09%. Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,84%, enquanto o índice de Xangai recuou 0,87%.

O petróleo Brent, negociado em Londres, perdia 1,08%, a US$ 45,70 o barril; o petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, caía 1,23%, a US$ 44,20 o barril.

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