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Bolsa supera os 64 mil pontos pela 1ª vez em quatro anos e meio

O bom desempenho foi sustentado principalmente pelas ações da Vale e da Petrobras

Bolsa supera os 64 mil pontos pela 1ª vez 
em quatro anos e meio
Notícias ao Minuto Brasil

20:45 - 21/10/16 por Notícias Ao Minuto

Economia Desempenho

Apesar do cenário externo menos favorável, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa, subiu nesta sexta-feira (21), encerrando o pregão acima dos 64 mil pontos pela primeira vez em mais de quatro anos e meio.

O bom desempenho foi sustentado principalmente pelas ações da Vale e da Petrobras."A Bolsa continua refletindo o otimismo dos investidores com o avanço do ajuste fiscal proposto pelo governo Temer", avalia Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos.

Nos EUA e na Europa, alguns índices acionários foram pressionados pela divulgação de balanços mistos de empresas referentes ao terceiro trimestre.

A perspectiva de alta dos juros americanos em dezembro também diminuiu o apetite dos investidores ao risco.O Ibovespa abriu o pregão em baixa, mas inverteu o sinal e terminou com ganho de 0,42%, aos 64.108,08 pontos. É a maior pontuação desde 3 de abril de 2012 (64.284,26 pontos). Na semana, o índice acumulou valorização de 3,79%. O giro financeiro foi de R$ 7,9 bilhões.Os papéis da Vale subiram 4,01%, a R$ 18,64 (PNA), e 4,24%, a R$ 19,91 (ON). Os investidores ainda reagiam ao aumento de 1,5% da produção de minério de ferro da companhia no terceiro trimestre, divulgada nesta quinta-feira (19).

Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA subiu 6,45%; Gerdau PN ganhou 4,00%; Metalúrgica Gerdau, +6,74%; e CSN ON, +0,09%.As ações da Petrobras terminaram em alta de 1,18%, a R$ 17,95 (PN), e 1,89%, a R$ 19,32 (ON).

A agência de classificação de riscos Moody's elevou a nota de crédito da companhia de B3 para B2 e mudou a perspectiva de negativa para estável. A agência destacou melhorias no perfil de liquidez da empresa e no ambiente regulatório do Brasil nos últimos meses.No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 0,16%; Bradesco PN, -0,94%; Bradesco ON, -0,96%; Banco do Brasil ON, +1,24%; e Santander unit, -1,52%.

CÂMBIO E JUROS

O dólar voltou a ganhar força globalmente com o aumento das apostas de uma alta dos juros americanos em dezembro.No Brasil, o câmbio seguiu o cenário externo. Depois de ter caído 1% na véspera, para abaixo dos R$ 3,14, o dólar comercial encerrou o pregão em alta de 0,82%, a R$ 3,1640.

Na semana, porém, a moeda americana acumulou queda de 1,28%.Pela manhã, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.Jefferson Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora, destaca que esta sexta-feira foi um dia de menor fluxo de dólares para o país, mas a tendência para a moeda americana continua sendo de baixa no curto prazo. "Está prevista uma grande entrada de dólares nos próximos dias, na reta final do prazo para a repatriação de recursos mantidos irregularmente no exterior", afirma.

DÓLAR

Segundo o profissional, se a PEC (proposta de emenda constitucional) que limita os gastos públicos passar em segunda votação na Câmara na próxima semana, como quer o governo, esse fluxo poderá aumentar.O mercado de juros futuros continuou se ajustando ao corte de 0,25% da taxa básica de juros, a Selic, para 14% ao ano na quarta-feira. Parte do mercado esperava um corte maior, de 0,50 ponto.

O contrato para janeiro de 2017 manteve-se praticamente estável, passando de 13,717% para 13,718%; o contrato para janeiro de 2018 subiu de 12,100% para 12,190%; e o contrato para janeiro de 2021 avançou de 11,070% para 11,200%.O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central demonstrou preocupação com a inflação de serviços no comunicado após a decisão sobre a Selic, na quarta-feira (19).

"Agora, o mercado se divide entre uma redução de 0,25 p.p. e 0,50 p.p. para a Selic em novembro", comenta Ignacio Crespo, da Guide.O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, no entanto, recuava 1,25%, aos 260,819 pontos. Com informações da Folhapress.

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