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Com crise política, dólar sobe a R$ 3,41; Bolsa fecha em alta

investidores reagiram ao envolvimento do nome do presidente Michel Temer no caso que levou Marcelo Calero a pedir demissão do MinC

Com crise política, dólar sobe a
 R$ 3,41; Bolsa fecha em alta
Notícias ao Minuto Brasil

19:26 - 25/11/16 por Folhapress

Economia Mercado financeiro

Em um dia de dólar mais fraco no exterior, o real teve a maior desvalorização entre as principais moedas nesta sexta-feira (25), com o cenário político de volta ao foco do mercado.

Pela manhã, a moeda americana chegou a subir mais de 2%, para quase R$ 3,47, e a Bolsa a cair acima de 1,3%. Os investidores reagiram ao envolvimento do nome do presidente Michel Temer no caso que levou Marcelo Calero a pedir demissão do cargo de ministro da Cultura.

Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse que foi "enquadrado" por Temer para encontrar uma "saída" para um empreendimento de interesse do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) em Salvador.

Antes, o ex-ministro da Cultura havia acusado Geddel de tê-lo pressionado a produzir um parecer técnico para favorecer seus interesses pessoais.

Com o agravamento da crise, Geddel pediu demissão na manhã desta sexta-feira, o que aliviou a tensão no mercado financeiro. Entretanto, o mal-estar entre investidores prosseguiu.

A moeda americana à vista fechou em alta de 0,64%, a R$ 3,4180. Na semana, acumulou ganho de 0,90%.

O dólar comercial subiu 0,55%, a R$ 3,4140, com valorização acumulada na semana de 0,76%.

"A baixa liquidez pelo fato de o mercado americano ter fechado mais cedo após o feriado de Ação de Graças também influenciou os negócios", afirma Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora". "Mas o principal fator para a alta do dólar foi o cenário político conturbado."

Os temores dos investidores são de que o novo escândalo político atrapalhe a aprovação de medidas do ajuste fiscal no Congresso e, consequentemente, a recuperação da economia do país.

O mercado de juros futuros acompanhou o movimento do dólar, e as taxas registraram alta, principalmente nos contratos mais longos.

O contrato de DI para janeiro de 2018 subiu de 2,140% para 12,160%; o contrato de DI para janeiro de 2019 subiu de 11,670% para 11,760%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 passou de 11,880% para 12,060%.

BOLSA

Após uma sessão volátil, na qual chegou a cair 1,34%, o Ibovespa inverteu a queda nos minutos finais da sessão e fechou com ganho de 0,27%, aos 61.559,08 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,6 bilhões. Na semana, o índice teve alta de 2,7%.

A forte alta das ações da Vale ajudou o índice a fechar no terreno positivo. Impulsionados pela alta de mais de 3% do minério de ferro na China, os papéis PNA da mineradora ganharam 4,53%, a R$ 25,86, enquanto os ON subiram 4,75%, a R$ 28,90, liderando o ranking de maiores altas do principal índice da Bolsa.

As ações PN da Petrobras caíram 1,80% e as ON subiram 0,11%, pressionadas pela queda de cerca de 3% do petróleo no mercado internacional.

Investidores têm dúvidas se a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) terá sucesso nas negociações para limitar a oferta mundial da commodity. O cartel se reúne na próxima quarta-feira (30).

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,68%; Bradesco PN, +0,47%; Bradesco ON, +0,27%; Banco do Brasil ON, -0,21%; Santander unit, +1,97%; e BM&FBovespa ON, +0,48%.

A Bolsa de Nova York fechou mais cedo nesta sexta-feira após o feriado de Ação de Graças, nesta quinta (24). O índice S&P 500 teve ganho de 0,39%, e o Dow Jones subiu 0,36%. O índice de ações de tecnologia Nasdaq ganhou 0,34%.

Os três índices renovaram as pontuações máximas históricas, com expectativas de aceleração da economia americana sob o governo Donald Trump, que assume a presidência do país em janeiro.

Na Europa e na Ásia, as Bolsas fecharam majoritariamente em alta. Com informações da Folhapress.

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