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Empresário precisa de normalidade, não de subsídio, diz chefe do BNDES

Declaração foi dada pelo economista Paulo Rabello de Castro, em sua primeira entrevista como presidente do banco

Empresário precisa de normalidade, não de
subsídio, diz chefe do BNDES
Notícias ao Minuto Brasil

20:41 - 29/05/17 por Folhapress

Economia Direção

Em sua primeira entrevista após ser nomeado presidente do BNDES, o economista Paulo Rabello de Castro se posicionou contra políticas de subsídios e a favor de maior participação do crédito privado na economia, em um sinal de continuidade das políticas adotadas pela sua sucessora, Maria Silvia Bastos Marques.

"Os empresários não precisam de juros subsidiados, eles precisam de normalidade", afirmou.

Castro foi nomeado pelo presidente Michel Temer na última sexta (26), logo após o pedido de demissão de Marques, que alegou razões pessoais para deixar o banco.

Ela vinha sofrendo críticas de empresários descontentes com novas políticas mais restritivas na concessão de financiamentos e, internamente, era pressionada pelos funcionários do banco a fazer uma defesa da instituição em meio a denúncias de favorecimento à JBS.

Afirmando ser amigo de Marques, Castro disse que imagina não ter que promover grandes mudanças no banco. Ele evitou falar sobre temas específicos, alegando ainda não ter assumido o cargo.

Mas, quando questionado sobre as críticas de empresários, disse que "precisamos transcender essa visão de que os empresários ditam o que o BNDES faz ou deixa de fazer".

"O BNDES é um banco que opera com dinheiro do trabalhador. Não me consta que alguma associação empresarial tenha posto dinheiro lá", comentou.

Na sua opinião, com taxas de mercado e incentivo ao capital privado no financiamento, o banco contribui para a política fiscal e para a redução das taxas de juros de longo prazo da economia.

SACRIFÍCIO

Em discurso de despedida da equipe do IBGE durante festa de 81 anos da instituição nesta segunda (29), Castro disse que está "indo para o sacrifício" aí deixar o banco.

Na entrevista, afirmou "lamentar" ter sido convocado por Temer para trocar de cargo.

Ele deve tomar posse no BNDES nesta quinta (1º). Com informações da Folhapress.

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