Juros de empréstimos sobem apesar da queda na Selic
Ao contrário da expectativa criada pela queda da Selic, os juros do crédito pessoal subiram
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Economia Banco
Apesar do Banco Central (BC) ter reduzido a taxa Selic, algumas linhas de crédito oferecidas pelos bancos aos consumidores estão ficando cada vez mais caras.
Iniciada em outubro de 2016, a redução da taxa básica de juros da economia pelo BC foi de 14,25% para 10,25% ao ano. No entanto, ao contrário da expectativa criada pela queda da Selic, os juros do crédito pessoal subiram.
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De acordo com as projeções reunidas pelo Banco Central no boletim Focus, economistas acreditam que, ao fim do ano, a Selic fique perto de 8,5% ao ano.
Já no crédito pessoal, o custo médio do empréstimo subiu 3,4 pontos percentuais entre abril e maio, segundo dados do BC. Agora, pegar um crédito custa 132,6% ao ano para pessoas físicas, em média.
Para analistas, o aumento dos juros do crédito pessoal é explicado pelo seguinte motivo: o risco de calotes não diminuiu com os sinais de que o país está saindo da recessão, e clientes que continuam acessando essas linhas oferecem risco maior de não pagar o que devem.
"A forma que o banco tem de renegociar a dívida é salgando mais", afirma Luis Miguel Santacreu, da Austin Ratings. "O banco percebe fadiga do cliente, e essa decisão não segue muito na dinâmica da queda da Selic".