P&G muda estratégia, reduz portfólio e tem ano recorde no país
Mesmo com a queda nos níveis de consumo, a P&G se sobressaiu ao apostar contra algumas tendências do setor, afirma Alberto Carvalho, presidente da companhia
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Economia bens de consumo
A fabricante de bens de consumo Procter & Gamble (P&G) teve o melhor ano fiscal, encerrado no mês de junho, da história da empresa no Brasil, informou o presidente da companhia, Alberto Carvalho.
"Crescemos dois dígitos e 90% das nossas áreas de negócio aumentaram suas fatias no mercado".
Mesmo com a queda nos níveis de consumo, a P&G se sobressaiu ao apostar contra algumas tendências do setor, afirma Carvalho.
"Não demos mais atenção aos itens mais baratos. Pelo contrário: voltamos nosso marketing e o desenvolvimento de tecnologia para os produtos premium e médios".
Adotando uma estratégia diferente, a empresa não adotou descontos agressivos, comuns em períodos de crise.
"É um erro treinar o consumidor a optar pelo preço e não pela qualidade. Aqueles que só compram com desconto de 30% ou 40% não são interessantes para nós", diz ele.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a P&G também enxugou seu portfólio e reduziu para dez o número de categorias em que atua.
"O foco passou a ser os itens que estão em todos os lugares do mundo, que são usados diariamente e aqueles em que conseguimos incorporar tecnologia".