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Inflação baixa é 'maior surpresa na economia dos EUA', diz Yellen

Fed elevou sua taxa de juros de referência duas vezes neste ano, em março e em junho, para um intervalo entre 1% e 1,25%

Inflação baixa é 'maior surpresa na economia dos EUA', diz Yellen
Notícias ao Minuto Brasil

18:22 - 15/10/17 por Folhapress

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A presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, Janet Yellen, disse neste domingo (15) que a instituição deve continuar aumentando gradualmente as taxas de juros, conforme um crescimento sólido, um mercado de trabalho forte e uma economia global saudável elevam os preços. Ela reconheceu, no entanto, que a inflação tem sido surpreendentemente baixa.

"A maior surpresa na economia dos EUA neste ano foi a inflação", disse Yellen no Seminário Anual Internacional de Bancos do Grupo dos Trinta, em Washington, durante painel com representantes do Banco do Japão, do Banco Popular da China e do Banco Central Europeu.

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A inflação chegou a 1,3% em agosto, descontada a volatilidade de alimentos e combustíveis, bem abaixo da meta de 2% do Fed. O indicador tem andado na direção contrária do objetivo do banco há meses, e as previsões para o fim do ano podem não ser muito confiáveis, embaralhadas por problemas de ajuste sazonal e flutuações de preços causadas por furacões que atingiram os EUA recentemente.

Ainda assim, Yellen afirmou que seu "melhor palpite" é que "essas leituras leves não vão persistir e, com o fortalecimento contínuo do mercado de trabalho, espero que a inflação avance no próximo ano."

Embora falem em alta, ela e seus colegas do Fed "reconhecem que a baixa inflação deste ano pode refletir algo mais persistente do que aparece em nossas projeções de linha de base", afirmou Yellen.

Ela enfatizou que "muitas economias avançadas estão passando por inflação persistentemente fraca", reforçando a ideia de que essa é uma tendência "estrutural".

O Fed elevou sua taxa de juros de referência duas vezes neste ano, em março e em junho, para um intervalo entre 1% e 1,25%. Em sua última reunião, em setembro, o Fomc (comitê de política monetária dos EUA) votou pela manutenção da taxa, e, desde então, Yellen reconheceu repetidas vezes a crescente incerteza sobre o caminho da inflação.

Para a última reunião do ano, em meados de dezembro, os investidores esperam um terceiro aumento na taxa de juros, de 0,25 pontos percentuais.

O mandato de Yellen no Fed expira em fevereiro e especula-se que seu nome está entre os candidatos que o presidente Donald Trump considera para estar à frente do banco central.

EMPREGO

O emprego, por outro lado, vem ultrapassando expectativas oficiais. A taxa de desemprego dos EUA caiu para 4,2 %, seu nível mais baixo desde 2001, e a taxa de participação mostrou estabilidade conforme os americanos voltam para a força de trabalho. Os salários tardaram a subir, mas mostram sinais iniciais de recuperação.

"Em balanço, os ganhos salariais parecem moderados, e o ritmo, bastante consistente com um mercado de trabalho apertado, se considerarmos o crescimento decepcionante da produtividade nos últimos anos", afirmou Yellen. Ela disse que "os riscos para crescimento global diminuíram um pouco" e que o Fed espera "que o crescimento continue a melhorar no curto prazo."

Se o crescimento forte e o firme mercado de trabalho impulsionarem a inflação, isso ajudaria a política do comitê de ajuste gradual através de aumentos da taxa de juros.

"Continuamos esperando que a força contínua da economia vai gerar aumento gradual nessa taxa para sustentar um mercado de trabalho saudável e estabilizar a inflação em torno de nosso objetivo de 2%", disse Yellen. (Folhapress)

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