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Bolsa sobe após 4 quedas, mas míssil da Coreia do Norte eleva cautela

Dólar, cujas negociações terminam mais cedo, não captura preocupação e encerra cotado a R$ 3,21

Bolsa sobe após 4 quedas, mas míssil da Coreia do Norte eleva cautela
Notícias ao Minuto Brasil

22:10 - 28/11/17 por Folhapress

Economia Mercado financeiro

Após quatro sessões no terreno negativo, a Bolsa brasileira voltou a fechar no azul nesta terça-feira (28), mas um novo teste balístico da Coreia do Norte elevou a aversão a risco no exterior e limitou os ganhos do mercado acionário brasileiro. O dólar, cujas negociações terminam mais cedo, não capturou essa preocupação e encerrou cotado a R$ 3,21.

O Ibovespa, das ações mais negociadas, subiu 0,11%, para 74.139 pontos. Na máxima, antes do disparo do míssil pelo regime norte-coreano, a Bolsa chegou a subir 1,26%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 8,77 bilhões -a média diária de novembro está em R$ 9,45 bilhões.

O dólar comercial teve queda de 0,31%, para R$ 3,210. O dólar à vista se desvalorizou 0,40%, para R$ 3,208.

Antes do aumento da tensão no exterior, a Bolsa reagia a dados positivos da economia brasileira. O Tesouro anunciou que, em outubro, as receitas do governo superaram as despesas pela primeira vez em seis meses.

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O superavit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) no mês passado somou R$ 5,1 bilhões, levando o deficit primário no acumulado do ano para R$ 103,2 bilhões. Ainda é o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997.

"O número veio bem acima do esperado, mostrando que, de fato, estamos saindo da crise e que o juro baixo está tendo efeito sobre as contas. O resultado aponta para uma economia um pouco mais forte, mais robusta do que no início do ano, com aumento de confiança do consumidor e do empresário. Tudo corrobora para o bom humor do mercado", avalia Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial.O tom negativo foi dado pelo disparo de um míssil balístico pela Coreia do Norte. Foi o primeiro teste desde o lançamento que o regime norte-coreano fez sobre o Japão em setembro.

AÇÕES

Das 59 ações do Ibovespa, 21 subiram, 36 caíram e duas fecharam estáveis.

A maior desvalorização do dia foi registrada pelos papéis da Suzano, com queda de 3,14%. As ações da CSN perderam 2,75%, enquanto as da Qualicorp tiveram baixa de 2,47%.

Na ponta positiva, as ações da Cemig lideraram as altas do Ibovespa, com valorização de 2,69%.

Os papéis ordinários da Vale tiveram alta de 2,37%, para R$ 36,25, seguindo a alta de 0,73% do minério de ferro.

A Petrobras fechou em baixa, impactada pela desvalorização do petróleo, em meio às incertezas sobre o resultado de uma reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) nesta semana. Na ocasião, será discutida uma possível extensão aos cortes de produção que vêm apoiando as cotações.

Os papéis mais negociados da estatal caíram 0,19%, para R$ 15,84. As ações ordinárias perderam 0,25%, para R$ 16,28.

Entre os bancos, o Itaú Unibanco subiu 0,16%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 0,30%, e as ordinárias recuaram 0,48%. O Banco do Brasil subiu 1,49%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil fecharam em baixa de 1,39%.

DÓLAR

A moeda americana ganhou força ante 18 das 31 principais divisas mundiais.

Os investidores analisaram a sabatina do futuro presidente do banco central americano, Jerome Powell, indicado ao cargo pelo americano Donald Trump.

Durante os questionamentos, ele sinalizou que dará continuidade à política da atual presidente do Fed, Janet Yellen, que deixa o posto em fevereiro. "Temos que manter a flexibilidade para ajustar nossas políticas em resposta aos acontecimentos econômicos", disse ele, diretor do Fed desde 2012.

Em sua declaração de abertura, Powell deixou claro que a condução iniciada por Yellen e por seu antecessor no cargo, Ben Bernanke, deve ser mantida.

O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil recuou 0,93%, na nona queda seguida, para 165,7 pontos. É o menor nível desde 5 de dezembro de 2014, quando estava em 164,6 pontos.No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O contrato com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 7,065% para 7,046%. O contrato para janeiro de 2019 teve baixa de 7,090% para 7,080%. Com informações da Folhapress.

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