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Municípios produtores de petróleo e mineração caem em ranking do PIB

É o que mostra relatório sobre o PIB dos municípios, divulgado nesta nesta quinta-feira (14) pelo IBGE

Municípios produtores de petróleo e mineração caem em ranking do PIB
Notícias ao Minuto Brasil

12:09 - 14/12/17 por Folhapress

Economia Relatório

Municípios de Estados produtores de petróleo e minério reduziram sua presença no ranking das 100 cidades com maior PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2015. É o que mostra relatório sobre o PIB dos municípios, divulgado nesta nesta quinta-feira (14) pelo IBGE.

Os dados são comparados com a posição no ranking em 2014. Em meio às discussões sobre mudanças no cálculo dos royalties da mineração pelo Congresso, há redução das cidades de Minas Gerais na lista.

O Estado tinha oito cidades entre as 100 mais ricas do país em 2014 e passou a seis no ano seguinte. Nova Lima, que tem seis minas da Vale, deixou o ranking, assim como Ipatinga, importante cidade do Vale do Aço, que concentra usinas siderúrgicas da Usiminas.

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Os dados mostram que São Paulo, segundo maior produtor de petróleo, na Bacia de Santos, e Pará, segundo maior produtor de minério, não reduziram a quantidade de cidades no ranking -34 e 2, respectivamente. Municípios fortes em exploração de recursos naturais, contudo, caíram na tabela.

Santos (SP) caiu três posições no ranking e ficou no 42º lugar em 2015. Já Paraupebas (PA), que abriga um segmento da mina de Carajás, da Vale, saiu da posição de número 52 em 2014 para 79 em 2015.

O pior desempenho das cidades está relacionado à queda do preço das commodities em 2015 e a consequente redução da arrecadação de royalties nesses locais.

O Rio, que é o maior produtor de petróleo do país, tinha 13 cidades no ranking em 2014 e perdeu uma no ano seguinte. São João da Barra, no norte do Estado, rica em royalties e que abrigou o projeto do Porto do Açu, de Eike Batista, ocupava a nonagésima sexta posição no ranking em 2014. Com a derrocada do império do empresário, o projeto foi adquirido pela Prumo Logística, teve seu escopo reduzido e a cidade deixou a lista das 100 mais ricas no ano seguinte.

Campos dos Goytacazes, que durante muito tempo foi a maior arrecadadora de royalties do Rio, esteve na nona posição do ranking em 2014 e caiu para a vigésima no ano seguinte. Com o desenvolvimento de campos do pré-sal em outras áreas na mesma bacia, a cidade passou a ser, em 2017, a terceira de maior arrecadação de royalties.

Cabo Frio (era 46ª e passou a 82ª), Rio das Ostras (era 58ª e passou a 99ª) e Macaé (era 36ª e foi para 38ª) completam o rol de cidades do Estado do Rio que caíram de posição. Volta Redonda também teve uma queda, relacionada a desempenho mais fraco do setor de siderurgia -caiu dez posições, para 86ª colocação.

A capital Fluminense manteve a segunda posição no ranking das cidades mais ricas do país, atrás da capital paulista. A crise econômica do Estado do Rio começou a se desenhar em 2015. No fim do ano, o governo começou a atrasar salários de servidores, na primeiro sintoma do que se transformou numa das maiores crises ficais já atravessadas pelo Estado.

Os números mostram que a participação relativa do Rio no PIB caiu 0,9% de 2014 para 2015. Foi a maior perda entre todos os Estados. Minas Gerais (-0,3%), Espírito Santo (-0,3%), Santa Catarina (-0,1%) e Pernambuco (-0,1%) completam a lista dos que reduziram sua participação no PIB geral do país em 2015.

A redução de arrecadação com royalties que atinge o Rio também atinge o Espírito Santo, estado vizinho que é o terceiro maior produtor de petróleo do país. O Estado tinha quatro cidades no ranking das mais ricas em 2014 e perdeu uma em 2015.

Presidente Kenedy, capital petroleira do Espírito Santo, deixou o ranking em 2015, depois de ocupar a 93ª posição um ano antes. A cidade, que serve de base para a exploração no Parque das Conchas, que abriga, por exemplo, campos da Shell e da Petrobras, manteve, contudo, a liderança nos municípios com o maior PIB per capita. A cidade, que fica no sul do Estado, tem 11,3 mil habitantes e um PIB per capita que somou R$ 513,1 mil em 2015. Com informações da Folhapress. 

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