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EUA vão sobretaxar mais US$ 200 bi em itens chineses

O governo de Trump decidiu pela imposição de novas tarifas após as discussões que buscavam uma solução para o comércio com a China falharem

EUA vão sobretaxar mais US$ 200 bi em itens chineses
Notícias ao Minuto Brasil

21:27 - 10/07/18 por Folhapress

Economia Governo

O governo dos Estados Unidos anunciou que irá publicar uma lista com o equivalente a US$ 200 bilhões (R$ 768,9 bilhões) em produtos chineses que serão atingidos por novas tarifas, segundo afirmou o jornal The Wall Street Journal.

Ainda segundo a publicação, a Casa Branca disse que as novas taxas sobre a China tentarão evitar atingir os bens de consumo.

De acordo com a apuração da Reuters, o governo de Donald Trump decidiu pela imposição de novas tarifas após as discussões que buscavam uma solução para o comércio com a China falharem.

O representante do comércio, Robert Lighthizer, disse que a medida é uma resposta à imposição de tarifas da China sobre US$ 34 bilhões (R$ 130,7 bilhões) de produtos exportados pelos EUA e às ameaças de tarifas sobre outros US$ 16 bilhões (R$ 61,5 bilhões).

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"Isso foi feito sem qualquer base legal ou justificativa internacional", disse Lighthizer em comunicado, de acordo com o Financial Times.

A expectativa era que a lista fosse publicada ainda nesta terça-feira (11), de acordo com Reuters, mas, até as 20h, não havia sido divulgada.Lighthizer disse que os Estados Unidos vão impor tarifas de 10% sobre a nova lista de importados chineses.

Na semana passada, Trump chegou a afirmar que os Estados Unidos podem impor tarifa sobre mais US$ 500 bilhões (R$ 1,922 trilhão) em produtos chineses -valor próximo ao total das importações da China pelos EUA no ano passado.

Os Estados Unidos começaram a impor tarifas sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses na sexta-feira (6).

Esse foi o primeiro passo para o início da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.

O governo Trump deu prazo até 9 de outubro para empresas apresentarem pedido de exclusão da lista de tarifas sobre importações chinesas.

O anúncio foi feito também na sexta-feira somente algumas horas depois de ter entrado em vigor as tarifas de 25% sobre produtos do país asiático. De acordo com o governo, o período de exclusão da lista vai durar um ano e seria retroativa a esta sexta-feira.

As tarifas foram ativadas com uma lista de 818 categorias de produtos, incluindo carros, drives de computador, partes de bombas e válvulas e diodos emissores de luz. As empresas americanas que alegarem prejuízos podem pedir isenção.

Em meio à disputa entre EUA e China e para compensar os custos com as tarifas impostas por Trump aos produtos do país asiático, a Tesla anunciou nesta terça um acordo com as autoridades chinesas para construir uma nova fábrica de automóveis em Xangai.

É a primeira fora dos Estados Unidos, que dobraria o tamanho da produção global da montadora de carros elétricos.O anúncio foi feito pelo presidente-executivo da Tesla, Elon Musk.Musk esteve em Xangai, e o governo local disse que acolheu a decisão da Tesla de investir não apenas em uma nova fábrica na cidade, mas também em pesquisa e desenvolvimento.

A China pressionou muito para atrair mais talentos e capital investidos pelas montadoras globais em tecnologia avançada de veículos elétricos.

A Tesla planeja produzir os primeiros carros cerca de dois anos após o início da construção de sua fábrica em Xangai, chegando a 500 mil veículos por ano cerca de dois a três anos depois, informou a companhia.Isso tornaria a fábrica da Tesla em Xangai grande para os padrões da indústria automobilística, onde a maioria das fábricas é usada para construir de 200 mil a 300 mil veículos por ano, e aproximadamente equivalente à produção anual planejada para a fábrica da Tesla em Fremont, Califórnia.

O governo de Xangai sugeriu que poderia ajudar com alguns dos custos de capital. "O governo municipal de Xangai vai apoiar totalmente a construção da fábrica da Tesla", disse em comunicado.A montadora disse que o anúncio não afetará as operações dos EUA. Com informações da Folhapress. 

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