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Para BC, risco de não continuidade de reformas se reduz com Bolsonaro

Esse é um dos componentes que levaram o BC a rever para baixo a projeção de inflação neste ano e em 2019

Para BC, risco de não continuidade de reformas se reduz com Bolsonaro
Notícias ao Minuto Brasil

14:16 - 20/12/18 por Folhapress

Economia Economia Brasileira

Os riscos de não continuidade das reformas econômicas se reduziram nos últimos meses, na avaliação do Banco Central.

Esse é um dos componentes que levaram o BC a rever para baixo a projeção de inflação neste ano e em 2019. A previsão anterior era de setembro, antes da eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

Em 2018, o BC acredita que a inflação fechará o ano em 3,7%, contra os 4,1% da estimativa anterior. Em 2019, a previsão foi revista de 4% para 3,9%.

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Até 2021, segundo a autoridade monetária, a inflação deverá ficar abaixo da meta, mesmo se levar em conta as previsões de taxa de câmbio e de juros dos analistas do mercado financeiro.

Neste intervalo de tempo, a meta será reduzida gradualmente, dos atuais 4,5% para 3,75% em 2021.

"De fato observamos direção, o [futuro] governo tem mandando sinais positivos sobre a vontade e o desejo de fazer reformas", disse Ilan. "Tem ajudado a perceber que o risco de frustração tem diminuído.

Houve arrefecimento desse risco, no entanto, o Brasil precisa das reformas, não temos consolidação fiscal, não ocorreu ainda", afirmou Ilan.

O presidente do BC ressaltou que a reforma da Previdência é a mais importante para reorganizar as finanças públicas, mas outras mudanças que aumentem a eficiência da economia devem ser implementadas para permitir a redução de longo prazo da inflação e dos juros.

Ainda assim, o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC, optou por não cortar os juros na última semana, mantendo a Selic, a taxa básica, em 6,5% ao ano. Desde março o BC não mexe nos juros.

Se a direção parece ajudar a baixar os juros, o risco ainda é elevado na visão do BC. O ajuste fiscal ainda está distante e, no exterior, aumentaram as incertezas sobre o crescimento global em meio a uma guerra comercial entre China e EUA, além de insegurança sobre o desempenho da atividade nos EUA.

"O risco de frustração com as reformas e ajustes tem diminuído e o risco de inflação mais baixa tem aumentado. No entanto, mesmo com esse movimento, ainda achamos que há assimetria no balanço de riscos para a inflação", disse. "Vemos mais peso nesses riscos do que na inflação mais baixa".

O baixo crescimento e a inflação rodando abaixo da meta suscitam leituras no mercado financeiro de que o BC está tendo excessiva cautela, deixando de estimular a economia em um momento em que o PIB ainda caminha em ritmo lento.

Ilan afirmou que é necessário ter cautela e serenidade e olhar a tendência, e não focalizar as volatilidades de curto prazo nesta decisão. Em sua avaliação, a taxa praticada pelo BC tem estimulado a economia, uma vez que está abaixo do que seria a taxa neutra (quando não acelera nem freia a economia e a inflação).

Apesar das recentes intervenções do BC no mercado de câmbio, Ilan afirmou que as ações não têm por objetivo tentar conter a alta da moeda americana, mas responder a um aumento de demanda de fim de ano, como a de empresas estrangeiras que trocam reais por dólares para remeter a matrizes. Com informações da Folhapress.

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