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Metalúrgicos da GM em São José aceitam ficar sem aumento em 2019

Empresa passa por plano de reestruturação para garantir produção no Brasil

Metalúrgicos da GM em São José aceitam ficar sem aumento em 2019
Notícias ao Minuto Brasil

19:22 - 07/02/19 por Folhapress

Economia Negócio

Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (7), as propostas da General Motor foram aprovadas trabalhadores da unidade de São José dos Campos (97 km de SP). O acordo é uma das condições impostas pela empresa para manter a produção no país.

Os funcionários concordaram que em 2019 não haverá reajuste salarial e um abono de R$ 2,5 mil.

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A proposta foi aceita por 90% dos funcionários, segundo sindicato dos metalúrgicos. Com isso, fica acordado que a empresa se compromete a manter o complexo na cidade e investir R$ 5 bilhões na fábrica local.

Segundo nota encaminhada pela montadora este "é mais um passo para a concretização do plano de viabilidade da GM".

Além dos trabalhadores, a GM também mantém negociações com os fornecedores e governo.

Para o ano que vem, o aumento proposto é de 60% da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) somado a um abono de R$ 1,5 mil.

A reposição total pela inflação só voltaria a ocorrer em 2021.

O Sindmetal afirma ter se posicionado contra a proposta da empresa, mas que respeita a decisão dos funcionários. Inicialmente, a negociação se debruçava sobre 28 itens.

De acordo com Weller Pereira Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a entidade não concordou com as propostas porque elas "incluem a retirada de direitos, mas vamos respeitar a decisão dos trabalhadores".

Além do reajuste salarial, foi decidido medidas sobre outros três pontos: participação nos resultados até 2021; vigência da cláusula que garante emprego ao trabalhador acidentado (para os empregados atuais); e renovação dos acordos de flexibilidade de jornadas e turnos.

No início de janeiro, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, divulgou um comunicado nas fábricas brasileiras no qual alertava funcionários de que novos investimentos locais dependiam de um doloroso plano para a operação voltar a lucrar no país, após as fortes perdas dos últimos três anos.

Zarlenga escreveu que o braço brasileiro vive um momento crítico e que 2019 será um ano decisivo para a operação, levantando temores entre sindicatos de que unidades no Brasil poderiam ser fechadas.

A carta cita comentários recentes feitos pela presidente mundial da montadora, Mary Barra, sobre desafios na América do Sul, onde a GM é líder. "Não vamos continuar empregando capital para perder dinheiro", disse ela.

Além do acordo com os trabalhadores, a GM também tem negociado com governos. Em São Paulo, o governo estuda socorrer montadora com antecipação de créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens de Serviços) sobre os quais a empresa tem direito. Com informações da Folhapress.

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