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Cobiçado pelo Racing, Sampaoli quer reajuste salarial do Santos

Sampaoli virou o principal alvo do Racing (ARG) nos últimos meses

Cobiçado pelo Racing, Sampaoli quer reajuste salarial do Santos
Notícias ao Minuto Brasil

08:00 - 22/11/19 por Folhapress

Esporte Bastidores

SANTOS, SP (FOLHAPRESS) - O Santos corre riscos de perder o técnico Jorge Sampaoli. Mesmo com contrato até dezembro de 2020 e multa vigente de 2,5 milhões de dólares (R$ 10,4 milhões), o clube luta contra uma relação desgastada e até concorrência pelo treinador.

Sampaoli virou o principal alvo do Racing (ARG). Os argentinos buscam um sucessor para Eduardo Coudet, que deve anunciar em breve o fim do ciclo à frente do clube. Coudet, curiosamente, deve rumar para o Internacional.

Pela primeira vez, a possibilidade de saída de Sampaoli ganhou contornos reais devido à viagem ao Brasil de Diego Milito, atual diretor de futebol do time argentino. Sampaoli é o principal alvo pessoal do dirigente.

Milito tenta convencer o compatriota a aceitar o plano de trabalho de um clube que se orgulha de um remodelamento realizado nos últimos dois anos, encabeçado pela profissionalização em todos os setores, chamado de "plano para diminuir margem de erros".

Como diretor, o ex-atacante de Inter de Milão (ITA) e seleção argentina cercou o clube de observadores, responsáveis por scout e de relatórios para minimizar falhas de planejamento. No último ano, o Racing chegou a divulgar que em menos de um ano observou 673 relatórios individuais de atletas e que somente sete foram contratados. Este ano o clube voltou a ser campeão argentino.

"Sampaoli é um dos técnicos que queremos, devemos definir na semana que vem, mas existem outros candidatos. Milito nos disse que, por enquanto, foca em Sampaoli, mas não descartamos Ramón Díaz [do Pyramids, do Egito]", disse Victor Blanco, presidente do Racing, à rádio La Red, da Argentina.

Para continuar com Sampaoli, o Santos se apoia no abismo financeiro entre argentinos e brasileiros. Coudet e sua comissão recebem em Avellaneda cerca de 1,5 milhão de dólares anuais (R$ 6,2 milhões). Sampaoli e sua comissão custam ao Santos aproximadamente R$ 20 milhões, o triplo do salário de Coudet.

Sampaoli criou uma relação de proximidade com a cidade e com o clube, mas externa publicamente incômodo pela ausência de planejamento e pela desorganização do presidente José Carlos Peres e de sua cúpula.

O recente anúncio da saída de Paulo Autuori, executivo superintendente de futebol e principal responsável pelo planejamento do departamento, foi o que mais preocupou. Autuori foi responsável por intermediar os pedidos junto à diretoria e informou que não permanecerá na Vila Belmiro para 2020.

O Santos se articula para seduzir Sampaoli. Além de um projeto, o técnico pleiteia reajuste contratual, quer vencimentos superiores após um trabalho que considera sólido. Atualmente, só o treinador ganha 2,3 milhões de dólares líquidos anuais (R$ 9,6 milhões).

O desejo pessoal é de se aproximar dos ganhos do português Jorge Jesus, hoje o técnico mais bem pago do Brasil. Sem caixa, o Santos deve propor valores por metas alcançadas.

O clube tenta para a próxima temporada enxugar um "buraco" financeiro de R$ 25 milhões, custo estimado em um ano de atletas que voltam de empréstimo e que não têm espaço como o atacante Rodrigão e o zagueiro Cleber Reis.

Além disso, nomes como o do goleiro Vanderlei, que recebe R$ 470 mil, um dos maiores salários do elenco, devem ser negociados. O clube também espera definir as situações do peruano Christian Cueva, do costa-riquenho Bryan Ruiz e do paraguaio Derlis González, todos com salários altos e pouco aproveitados.

A permanência de Sampaoli, porém, não é uma unanimidade no clube. Internamente, há quem diga que o projeto de mantê-lo por mais uma temporada não é sustentável e que, para ficar, será necessário abrir ainda mais os cofres.

Desde que chegou ao clube, o técnico reivindicou uma série de melhorias em seu contrato. Mais recentemente, exigiu a inclusão de premiação por classificação direta a Libertadores. O valor é de R$ 3,5 milhões.

A maior exigência de Sampaoli se dá com relação à multa. Em agosto, o argentino solicitou a Peres que tirasse a multa existente a partir do segundo ano de contrato. O Santos nega tê-lo atendido.

O interesse de outro clube em Sampaoli não é novo. O técnico foi sondado por seleções e recentemente pelo Monterrey, do México.

À reportagem, o Racing não confirmou a viagem de Diego Milito. O assessor de Sampaoli também disse que o técnico não se posicionaria quanto ao encontro com o argentino.

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