Frustrado na volta do Paulista, São Paulo tenta retomar evolução
Segundo o próprio técnico, o time regrediu de maneira geral em relação ao que havia apresentado em sua última partida, na vitória por 2 a 1, sobre o Santos, em março
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Esporte Paulistão
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O São Paulo entrou em campo na última quarta-feira (22), diante do Red Bull Bragantino, sob grande expectativa, afinal, havia deixado boa impressão antes da pausa, não tinha perdido tantos jogadores no mercado da bola ou por lesão e assistia ao técnico Fernando Diniz viver lua de mel com a torcida. No entanto, acabou frustrado com uma derrota por 3 a 2.
Segundo o próprio técnico, o time regrediu de maneira geral em relação ao que havia apresentado em sua última partida, na vitória por 2 a 1, sobre o Santos, em março. Tenta agora retomar a evolução apresentada antes da paralisação, em duelo com o Guarani às 16h deste domingo (26), pela última rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista.
É claro que os meses inativos ajudam a explicar tal situação. O time só pôde voltar a trabalhar efetivamente no campo no dia 1º de julho -quando as autoridades liberaram a retomada das atividades para os clubes. Ou seja, no total, a equipe ficou mais de cem dias sem pisar no gramado para treinar.
A situação preocupa para a sequência da temporada. Afinal, outros times do país começaram a trabalhar antes -em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, as equipes foram liberadas semanas antes do que em São Paulo.
"Se for considerar de quando a gente parou, não tem ponto em evolução. Pelo contrário. A gente tem de melhorar em praticamente todos os aspectos do jogo: tanto na construção, na agressividade, na marcação, na reação após a perda da bola, na saída com o goleiro, que é um dos pontos fortes do nosso time. Se você considerar da parada, a gente tem muita coisa para melhorar", disse Diniz.
Para complicar ainda mais a situação, o time vai enfrentar uma maratona de partidas nos próximos meses. Como vai disputar o estadual, o Brasileirão, a Copa Libertadores e a Copa do Brasil, não há qualquer previsão para o treinador ter tempo se dedicar ao trabalho tático como gostaria no dia a dia. Em setembro, por exemplo, o time vai ter uma série de seis partidas contra rivais que atuam na Libertadores.
"Depois de praticamente quatro meses, a gente evoluiu bastante na questão física e técnica. Tática, a gente evoluiu pouca coisa, porque não dava para fazer muito trabalho tático, uma vez que os jogadores estavam com o déficit físico de jogo coletivo. Então, a gente priorizou a intensidade física nos treinamentos e colocou a parte tática no segundo plano, para ajustar agora com o início do calendário", completou.
Diante do Guarani, o treinador não poderá trabalhar sua equipe ideal, já que estará sem Tchê Tchê e Daniel Alves, suspensos - Liziero, Hernanes e Luan são os favoritos na briga pelas duas vagas. O São Paulo poderá ainda ter outras mudanças, mas por opção técnica.
Já classificada às quartas de final, a equipe do Morumbi tenta garantir a liderança do Grupo C -tem 18 pontos, um a mais que o Mirassol- e mira a melhor campanha geral, hoje sob posse do Red Bull Bragantino. Do outro lado, o Guarani, segundo colocado do Grupo D, busca cravar vaga no mata-mata.
Os bugrinos somam 16 pontos, dois a mais que o Corinthians, em terceiro na chave. O confronto na Vila Belmiro interessa, portanto, também aos corintianos, que precisam vencer o Oeste e torcer por uma vitória do São Paulo.
GUARANI: Jefferson Paulino; Renanzinho, Romércio, Bruno Silva e Cristovam; Deivid, Lucas Crispim e Arthur Rezende; Giovanny, Alemão, Júnior Todinho. T.: Thiago Carpini
SÃO PAULO: Tiago Volpi, Juanfran, Arboleda, Bruno Alves (Anderson Martins) e Reinaldo (Léo); Luan (Hernanes), Liziero e Igor Gomes; Alexandre Pato, Pablo e Vitor Bueno (Everton). T.: Fernando Diniz
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Horário: 16h deste domingo (26)
Árbitro: Salim Fende Chavez
Transmissão: Globo, SporTV e pay-per-view