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Rubens Barrichello terá companhia do filho em etapa da Stock Car

Dudu Barrichello estará na disputa com Rubens na Stock Car

Rubens Barrichello terá companhia do filho em etapa da Stock Car
Notícias ao Minuto Brasil

16:00 - 09/07/21 por Folhapress

Esporte Automobilismo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Rubens Barrichello, 49, terá uma companhia diferente na disputa da etapa de Cascavel (PR) da Stock Car neste fim de semana: o filho Dudu Barrichello, 19, que atualmente corre na Fórmula Regional Europeia by Alpine, categoria de monopostos de Fórmula 3 disputada nos mesmos circuitos utilizados na F-1.

E é justamente a falta de experiência na Stock Car que deve pesar para o piloto.

"Não conheço o carro, nem a pista. Todos os pilotos estão lá há dez anos. Completar as duas provas seria uma grande vitória. Nunca pensei ter essa oportunidade com 19 anos. Vou tentar aprender o máximo", afirmou Dudu. "Já fiz uns dois testes de Stock Lights, mas é um carro muito mais lento, com tecnologia e motor diferentes", completa.

O autódromo paranaense também não ajuda um novato a conseguir bom desempenho. Segundo Rubinho, é um dos mais complicados do calendário da Stock Car. "A pista de Cascavel é uma das mais difíceis. Apesar de não ter muita curva, é muito desafiadora. Eu adoro. A gente tem que lembrar que eu, na primeira corrida de Stock Car, larguei em 15º. Estou tentando aliviar a barra do Dudu? Não, realmente é muito diferente para quem nunca correu em carro fechado", analisa o ex-piloto de F-1.

A chance de correr com o pai surgiu porque o companheiro de equipe de Rubinho, Matías Rossi, precisou cumprir quarentena para disputar a corrida do Paraná (capital da província de Entre Ríos, na Argentina), sexta etapa do SuperTC2000, no próximo dia 18. Pelas regras sanitárias locais, ficou inviável de Rossi correr em Cascavel. O piloto argentino, que disputa simultaneamente a Stock Car no Brasil, lidera o SuperTC2000, com 73 pontos. Com a vaga aberta, surgiu o convite a Dudu, que está de férias de verão de seu campeonato na Europa.

"Tenho agradecido muito pela oportunidade porque correr com o filho é algo que sempre sonhei. Estou nas nuvens. Logicamente a única coisa que foi pedida para mim antes de qualquer coisa assinada era se eu conseguiria me comprometer com minha corrida sem pensar no meu filho. Eu disse que 90% sim. Quando a gente fecha a viseira, esquece a realidade", contou Rubinho.

Dudu também afirma que quer curtir a oportunidade de disputar uma corrida com o pai, mas deixa de lado a pretensão de superá-lo. "Vamos estar perto. Ele mais me ajudando do que eu ajudando ele. Quem está disputando o campeonato é ele. Vou fazer de tudo para ajudá-lo. Vocês não vão ver nenhuma disputa minha com ele na pista. Ainda mais porque espero que ele vai estar andando muito na frente. Vou ter que me adaptar com tudo: calor, freio, acelerador... É um processo de adaptação", destacou o filho.

O gosto pelo automobilismo foi cultivado aos poucos por Dudu. Rubinho deu um kart ao filho quando ele tinha 6 anos. O garoto andou algumas vezes, mas desistiu porque estava focado em ir bem na escola e em jogar bola com os amigos. O gosto pela velocidade ressurgiu mais tarde.

"Quando tinha uns nove anos, meu primo começou a correr de kart. Quando assisti à corrida, quis voltar, mas meu pai lembrou que na primeira vez eu tinha desistido. Ele me deu um simulador e viu minha dedicação. Com 12 anos, ele deu o kart. Desde então, a paixão foi aumentando. Corri no Brasil até 2015, quando me mudei para os Estados Unidos", contou Dudu.

No ano passado, foi vice-campeão da USF2000 e novas portas se abriram. "A Toyota nos ajudou a ir para a Europa em 2021. Por questões financeiras seria impossível correr lá", conta o piloto que hoje mora em Novara, na Itália.

No momento, Dudu cumpre temporada de adaptação ao novo carro e aos circuitos usados no campeonato europeu. "Se um dia chegar na F-1, estarei muito mais bem preparado. Já estarei adaptado. Neste ano a gente fez Ímola, Barcelona, Mônaco, Paul Ricard e Zandvoort. Quase todas as pistas são de F-1", contou.

Rubinho, que disputou 326 corridas em 19 temporadas na F1 (1993 a 2011), não quer jogar no filho a pressão de atingir a principal categoria do automobilismo. "Ele tem que chegar à F-1 se tiver o talento suficiente e souber se dedicar suficientemente bem para isso. O Dudu sabe o que eu fiz, o quanto foi difícil e o quanto é difícil para ele", afirmou.

"O que eu quero para ele é que seja uma criança de princípios, que saiba o que precisa ser feito nesta vida, que ele queira bem ao próximo. Tudo o que cobro dele é dedicação. Se ele se dedicar, vou estar trabalhando por ele como eu posso. O resto a gente quer que as crianças sejam felizes e que eles cheguem onde eles puderem chegar. E não onde a gente quer que eles cheguem", espera o piloto.

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